Prisão de chefões do crime no Ceará eleva risco de agravamento da guerra de facções
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Prisão de chefões do crime no Ceará eleva risco de agravamento da guerra de facções

Criminosos que comandavam quadrilhas ligadas às facções do tráfico foram capturados nas últimas duas semanas. Autoridades aumentaram o alerta diante do risco de mais mortes por retaliações e tomada de territórios das drogas

"Afeganistão", "Júnior da Mombaça" e "Celinho da Babilônia", chefões capturados

13/07/2018 10:14

A recente prisão de bandidos que comandavam quadrilhas e facções com atuação no Ceará aumenta o risco de um recrudescimento na guerra travada entre grupos criminosos no Ceará. Nas duas últimas semanas as autoridades da Segurança Pública redobraram a atenção em diversas comunidades da Capital e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF)  após a captura dos líderes das facções. A possibilidade de aumento de assassinatos é real. O mais recente caso foi a prisão, na última quarta-feira (11), do bandido até então considerado o mais procurado no estado, o traficante e homicida Auricélio Sousa Freitas, o “Celinho da Babilônia”, apontado como um dos fundadores e líder da Guardiões do Estado (GDE).  Responsabilizado como mandante da chacina que deixou 14 mortos a casa de shows “Forró do Gago”, no bairro Cajazeiras (zona Sul da Capital), em janeiro último, “Celinho” foi preso numa complexa e sigilosa operação realizada pelo Serviço de Inteligência (S.I.) do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). O criminoso, que comandava até então o tráfico de drogas e de armas na comunidade “Babilônia”, no bairro Barroso, no Grande Jangurussu (zona Sul de Fortaleza) é apontado pelas autoridades como responsável por muitos outros assassinatos além das 12 mortes na chacina na casa de forró. Nos últimos três anos, “Celinho”  se tornou um dos maiores traficantes com atuação na Capital. Com a liderança da GDE em suas mãos, teria ordenado dezenas de mortes de rivais, especialmente integrantes do Comando Vermelho (CV). As duas facções travam uma “guerra” que em 2017 foi a responsável pela maioria dos 1.978 assassinatos ocorridos em Fortaleza e outros 1.291 na Região Metropolitana. Outra importante prisão foi a do traficante de drogas, homicida e um dos “cabeças” da GDE na Capital, Misael de Paula Moreira, o “Afeganistão”. O bandido acabou sendo capturado nas proximidades do ginásio poliesportivo da Parangaba, em Fortaleza, no último dia 5, em outra operação de policiais do Batalhão de Choque (BPChoque). Uma patrulha do Comando Tático Motorizado (Cotam) abordou o suspeito e com ele foram apreendidos armas, munição, drogas e dinheiro em espécie. “Afeganistão” aparece ao lado de “Celinho da Babilônia” como também mandante da chacina no “Forró do Gago”. Perigoso Também foi recente a prisão de outro bandido cujo nome constava na lista dos “mais  procurados” postada no site da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).  Trata-se do assaltante de bancos e carros-fortes, além de seqüestrador, Valdimilson Ferreira Lima Júnior, o “Júnior Mombaça”. O bandido foi capturado numa operação da Polícia em Maracanaú. Usava documentos falsificados mas acabou sendo descoberto. Segundo as autoridades, “Júnior Mombaça” é integrante da facção PCC e um dos responsáveis pelo seqüestro e morte de dois líderes da facção, os traficantes “Gegê do Mangue” e “Paca”, mortos em fevereiro último em uma reserva indígena denominada Lagoa da Encantada, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

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