Polícia faz buscas por corpos de garotas torturadas e mortas no mangue do Rio Ceará

As três jovens teriam sido sequestradas na semana passada, na Barra do Ceará, e torturadas por bandidos de uma facção. Em seguida, mortas e decapitadas. Os criminosos fizeram um vídeo do massacre e postaram nas redes sociais. A DHPP investiga

A Polícia os Bombeiros fizeram buscas no mangue mas os corpos não foram encontrados

06/03/18 11:34

Policiais e bombeiros militares realizam, desde a tarde de segunda-feira (5), buscas no mangue e na foz do Rio Ceará (zona Oeste de Fortaleza) na tentativa de localizar os corpos de três jovens que foram torturadas, mortas e decapitadas por bandidos da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) na semana passada. Ontem à tarde (5), boatos de que os restos mortais das três pessoas teriam sido vistos no local acabaram mobilizando as autoridades.

Porém, nem os corpos nem as cabeças foram ainda encontrados. A Polícia busca mais informações que possam levar ao local onde as três garotas, que, supostamente, seriam simpatizantes ou membros da facção Comando Vermelho (CV), foram mortas e degoladas. As imagens da tripla execução sumária foram postadas nas redes sociais pelos próprios assassinos.

Na tarde de ontem, as três jovens desaparecidas foram identificadas pelos familiares na sede da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ingrid Teixeira Pereira, Darciele Anselmo de Alencar e Nara Alyne Mota de Lima  teriam sido sequestradas na noite de quinta-feira passada (1º), em Maracanaú, e levadas para o mangue do Rio Ceará, localizado entre os bairros Vila Velha e Barra do Ceará, local onde teriam sido torturadas pelos assassinos.

No vídeo, uma das garotas aparece sendo ameaçada e obrigada a afirmar que “rasgou a camisa” do Comando Vermelho (CV) e passou para o lado da GDE. Mesmo implorando para que poupassem a sua vida, a jovem é executada com um tiro no rosto. Em seguida, um dos assassinos corta a cabeça dela com um facão. Na mesma cena, outro bandido mostra as três cabeças já decapitadas e joga nas águas do mangue, comemorando as mortes.

Desespero

A mãe de uma das três jovens deu um depoimento desesperado na DHPP. Disse que a família sumiu desde a última sexta-feira. “Quero ao menos o corpo de minha filha para poder enterrá-lo”, disse. As mães das outras garotas também falaram sobre o caso, mas temem serem também assassinadas. Uma delas disse que a filha não pertencia a nenhuma facção criminosa, mas pode ter sido morta por estar em más companhias.

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