Um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares envolvendo o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) teria alcançado cerca de 50 prefeituras cearenses, segundo informações da Polícia Federal (PF). A investigação indica que o grupo operava por meio de um esquema de intermediação de verbas públicas em troca de comissões ilegais.

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Nesta terça-feira (8), a PF deflagrou uma operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que é relator do caso. Durante a ofensiva, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete do parlamentar, na Câmara dos Deputados, e em endereços localizados nos municípios de Fortaleza, Baixio, Canindé, Eusébio e Nova Russas. Como medida cautelar, o ministro determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de investigados, entre pessoas físicas e jurídicas.

Contudo, apesar do foco inicial nessas cidades, as suspeitas se estendem a dezenas de outras prefeituras cearenses, que teriam sido alvo da atuação da organização investigada. Segundo os investigadores, as emendas eram negociadas por um operador ligado ao deputado, que articulava repasses em troca de pagamento de comissões. A PF também apura o uso de empresas de fachada para a lavagem de recursos e a destinação dos valores desviados para o financiamento de campanhas eleitorais em 2024.

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Por meio de nota, Júnior Mano afirmou não ter qualquer relação com os processos investigados e destacou sua confiança nas instituições que conduzem as investigações.