Ministro alerta para riscos com obra da usina de dessalinização na Praia do Futuro
Juscelino Filho destacou a relevância dos cabos ópticos para a economia e sociedade
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(Foto: reprodução/Instagram)
25/09/2023 16:20
Durante participação no seminário “Conexões Políticas: A importância dos cabos submarinos“, nesta segunda-feira (25), em Fortaleza, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, alertou para os riscos da construção da usina de dessalinização na Praia do Futuro. O ministro destacou a importância dos cabos ópticos para a economia brasileira e defendeu que a construção do equipamento em outra área da capital cearense.
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Durante o discurso, o ministro Juscelino Filho pontuou que os cabos ópticos submarinos, localizados na Praia do Futuro, são responsáveis por 99% do tráfego de dados internacional e pela conectividade global do País. “Isso nos traz, naturalmente, uma preocupação para que a gente possa não só preservar, mas manter de forma segura e estável, aqui no Estado do Ceará”, disse.
O ministro destacou, ainda, a importância de Fortaleza para a conectividade do Brasil. A Praia do Futuro possui, atualmente, 17 cabos de submarinos que fornecem internet para a América do Sul e para a África. “A Praia do Futuro representa o segundo maior HUB mundial de cabos ópticos”, ressaltou.
Assista ao vídeo:
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Recepção
Durante a chegada ao Hotel Marquise, onde acontece o evento, o ministro foi recepcionado pelos deputados federais Danilo Forte (União Brasil), Yury do Paredão, Moses Rodrigues (União Brasil), Fernanda Pessoa (União Brasil) e pelo prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (União Brasil).
Assista ao momento do desembarque do ministro:
Outra avaliação
O presidente da Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece), Neuri Freitas, por outro lado, defende a construção da usina na Praia do Futuro. A companhia sustenta que não existem riscos que prejudiquem os 17 cabos submarinos que operam na região.
A resolução desse impasse agora encontra-se em discussão no Governo Federal, com o apoio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sendo considerada uma opção viável a declaração desta área como de Segurança Nacional.
Com investimentos inicial previsto em R$ 526 milhões, o planejamento da usina iniciou em 2017 e continua em fase de licenciamento pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema).