Jornalista Wellington Macedo encerra greve de fome e volta a se alimentar na cadeia
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Jornalista Wellington Macedo encerra greve de fome e volta a se alimentar na cadeia

Ele estava realizando greve de fome desde que foi preso

Wellington Macedo

27/09/2021 15:16

O jornalista cearense, Wellington Macedo, voltou a se alimentar após ordem do pastor Joel Serra, presidente do Movimento Cristão Conservador. A informação é da advogada Mônica Holanda. Wellington Macedo foi preso pela Polícia Federal (PF) após ser acusado de incitar a população contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado em vídeos divulgados na internet.

O pastor Joel Serra entrou em contato com a advogada, Mônica Holanda, e passou o seguinte recado: "Está na hora de voltar a comer, acabou o jejum de Daniel. Isso é uma ordem espiritual, e ele não ouse desobedecer", disse. A advogada, então, repassou a mensagem. Ao receber o recado, Wellington Macedo garantiu que obedeceria à ordem do pastor. Porém, ele está comendo pouco, voltou a beber água, mas distribui a maior parte da quentinha com outros presos. "Estou me adaptando a voltar a comer", explicou.

"Está morrendo na cadeia", diz esposa

A esposa do jornalista, Andressa Macedo, chegou a pedir ajuda para o marido após ficar sabendo da greve de fome de Wellington Macedo. Na oportunidade, ela revelou que o marido estava "morrendo na cadeia" após ficar 18 dias sem se alimentar. "O meu esposo está morrendo na cadeia. Alguém faz alguma coisa, pelo amor de Deus. Há 18 dias sem comer e agora não consegue mais beber água", escreveu em publicação nas redes sociais.

Ministério acionado

A advogada, Mônica Holanda, enviou um relatório sobre as condições de Wellington Macedo para o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos. Ela ainda realizou uma audiência com a ministra Damares Alves, que passou a intervir no caso.

Ofícios foram despachados para diversos órgãos (PGR, STF, administração da penitenciária), e, na última sexta-feira (2), uma comissão do MMFDH esteve na penitenciária com o jornalista. Naquela ocasião, por deferência à comitiva e depois de insistência, comeu banana e bebeu água, mas se mantinha firme na decisão de continuar seu comer.

Mônica Holanda disse que tudo que podia ser feito na área do Direito, já tinha sido feito por outros advogados. Assim como o Ministério dos Direitos Humanos fez sua parte. Cabe agora esperar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, pois só depende dele. “Creio na Justiça de Deus, creio na Justiça brasileira, creio que logo teremos a liberdade do Wellington”, disse. O jornalista cearense foi apoiado por advogados desde sua prisão, sendo acompanhado por dois, um de Brasília e um do Ceará.

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