Fachin intima Cid Gomes a depor para explicar recebimento de propina da JBS
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Fachin intima Cid Gomes a depor para explicar recebimento de propina da JBS

Ministro do STF também quer escutar o deputado federal Antonio Balhmann que, segunda delação de Wesley Batista, era o homem que intermediava o dinheiro sujo

Cid Gomes

14/06/2018 8:59

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin quer ouvir o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT). Ele é acusado de receber R$ 25 milhões de propina da JBS. A denúncia foi feita por Wesley Batista, em delação premiada na Lava Jato, e implica também o deputado federal Antonio Balhmann (PDT-CE), que seria o intermediário do esquema de corrupção. A decisão do ministro é de terça-feira (12) e foi enviada à Procuradoria Geral da República ontem (13). Conforme Wesley, Cid teria recebido, em 2010, R$ 5 milhões como contribuição para reeleição e, como contrapartida, teria liberado créditos tributários de ICMS. Em 2014, ainda de acordo com a delação, o ex-governador teria pedido R$ 20 milhões, mas, diante da negativa, o deputado Balhmann teria intercedido, afirmando que o estado honraria pagamentos no valor de R$ 110 milhões. Em tempo A pedido da Procuradoria Geral da República, Fachin mandou, no mês passado, a delação para a Justiça Federal do Ceará analisar os fatos de 2010. Mas o juiz consultou novamente o ministro porque um dos fatos ocorreu em 2014 e poderia ser continuidade do primeiro e, na ocasião, Balhmann já era deputado federal. Para Fachin, apesar de a contrapartida visada pela J&F consistir em pagamento de débitos do governo, "infere-se possível relevância da conduta atribuída ao parlamentar na dinâmica dos fatos delituosos, mormente quando os pagamentos somente teriam sido levados a efeito após a intercessão do congressista". Por isso, ele pediu que a Procuradoria Geral da República e os dois citados nas delações se manifestem sobre se o caso deve correr no Supremo ou na primeira instância da Justiça Federal. Com informações do G1

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