Empresário é morto com seu segurança por não pagar “pedágio” de 30 mil para facção
PORTALCN71-740x90_TAUApx1-
SS-155_24) - BANNERS PORTAIS CORRIDA-JORNAL DO CARIRI-970x120px
970 X 120 PX copy
Hidrogenio verde e o combustivel do futuro

Empresário é morto com seu segurança por não pagar “pedágio” de 30 mil para facção

O empresário havia recebido ameaças de bandidos da facção GDE e pressionado a pagar

O caminhão onde estavam as vítimas foi metralhado pelos criminosos

09/06/2020 12:33

O assassinato de um empresário e seu segurança, ocorrido na manhã do último sábado, no Município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), ainda está sob investigação policial, mas revela a ousadia e a forma acelerada como as facções criminosas estão dominando o estado do Ceará.  Comerciantes e pequenos e médios empresários de cidades metropolitanas e da própria Capital cearense estão sendo ameaçados de morte e obrigados a pagar “pedágio” aos criminosos, sob pena de serem mortos.

E foi o que aconteceu ao empresário José Jurandir Alves da Rocha, 69 anos. Dias antes de ser morto, ele recebeu em um de seus mercadinhos, na cidade do Eusébio, a “visita” de bandidos que se identificaram como integrantes da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE), que lhe exigiram o pagamento de um “pedágio” no valor de R$ 30 mil. A mesma quantia foi exigida de vários comerciantes do Eusébio e de Aquiraz. A maioria pagou, temendo o pior.

“Aqui vocês vão levar é bala”, teria dito Jurandir aos criminosos na semana passada, conforme moradores do Eusébio. A resposta dos criminosos veio rápida e violenta assim como foram as intimidações.

Na manhã do último sábado (6), ainda por volta de 5 horas, Jurandir e o segurança saíram do Eusébio em direção à Ceasa, em Maracanaú, onde iriam apanhar uma carga de frutas, verduras e cereais, como faziam sempre, para abastecer os mercadinhos. Estavam em um caminhão, que acabou sendo interceptado na Estrada da Jibóia, em Aquiraz.

Emboscada e morte

De dois carros desceram vários bandidos armados que fuzilaram o comerciante e seu segurança e motorista. Os corpos ficaram crivados de balas.

“Vários comerciantes pagaram, mas o Jurandir disse pra eles que não ia pagar nada e que eles iam era levar bala se voltassem, tai o resultado”, disse um morador do Eusébio, que não se identificou,  temendo represálias.

No domingo (7), os corpos de José Jurandir Alves da Rocha e do seu segurança, Jorgeney Mesquita Novais, 40, foram sepultados. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

LINKS PATROCINADOS