Comunidades indígenas de Caucaia também estão tomadas por facção criminosa
A menos de 100 metros da Escola Indígena da Ponte (Foto: Helene Santos/DN)
16/01/20 14:43
Como o CN7 já havia antecipado, as facções estão tomando conta do Ceará: até nas comunidades indígenas elas estão tocando o terror. Há mais de uma semana, o portal noticiou que as reservas de Maracanaú são comandas pelo crime. Hoje (16), o DN traz que em Caucaia acontece o mesmo.
Segundo reportagem do jornal, três comunidades indígenas do município têm ligação com o Comando Vermelho (CV): Trilho, da Ponte e Capoeira.
Ainda segundo a matéria, Equipamentos públicos como escolas e postos de saúde apresentam marcações de ameaça. A menos de 100 metros da Escola Indígena da Ponte: “baixe o vidro, tire o capacete. Ass: crime”. As inscrições em formato de picho em um bar funcionam como aviso a quem se aventura a entrar na comunidade.
Não muito longe de lá, a comunidade do Trilho dispõe do Polo Base de Saúde Indígena Potyrõ, equipamento voltado à etnia que atende indígenas com comprovação da naturalidade. Em todas as laterais do equipamento, com exceção da frente, há inscrições da facção carioca. Em uma delas, é possível ler “CV é nós”.
Mas é na Comunidade Capoeira que a situação parece ainda mais sensível. O portão do aldeamento indígena, que dá para a Estrada Coronel Corrêa, estava fechado, o que impossibilitou a entrada da reportagem no local. Contudo, nas ruas do entorno, uma série de marcações denuncia a amplitude da organização no local. “Tudo comandado”, “X-9 aqui é bala”, “Aqui não precisa de polícia”, “Morador é intocável”. As indicações se estendem por inúmeras casas de quase toda a Rua do Grupo, no bairro Laje, onde há marcações da dominação do Comando Vermelho.
Com informações do DN