O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), escolheu o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, para ser o substituto de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. Ele será o quarto a ocupar o cargo desde o início da pandemia do coronavírus.

A reunião que definiu a escolha do novo Ministro da Saúde aconteceu na tarde desta segunda-feira (15), no Palácio do Planalto, em Brasília. A nomeação de Marcelo Queiroga será publicada na edição desta terça-feira do "Diário Oficial da União". Porém, a expectativa é que haja um período de transição que deve durar em torno de duas semanas.

"Foi decidido agora à tarde a indicação do médico, doutor Marcelo Queiroga, para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente. Já o conhecia há alguns anos. Então, não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias. Tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento a tudo que o Pazuello fez até hoje", anunciou Bolsonaro em transmissão ao vivo no site "Foco do Brasil".

Ainda na transmissão, Bolsonaro elogiou o desempenho de Eduardo Pazuello à frente do ministério. "A parte de gestão foi muito bem feita por ele [Pazuello] e agora vamos partir para uma parte mais agressiva no tocante ao combate ao vírus", completou.

Não foi a primeira escolha

Antes de se reunir hoje (15) com Marcelo Queiroga, o presidente Bolsonaro conversou com a médica Ludhmila Hajjar. Entretanto, ela não aceitou o convite para o cargo. Em entrevista, Ludhmila alegou que não houve "convergência técnica" com o chefe do executivo.

Antecessores

Marcelo Queiroga é o quarto a assumir o posto como Ministro da Saúde, desde o início da pandemia da Covid-19. Antes dele, estiveram à frente da pasta: o médico e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS); o médico Nelson Teich; e o general do Exército, Eduardo Pazuello.

Currículo do novo ministro

Marcelo Queiroga nasceu em João Pessoa, na Paraíba. Formou-se em medicina na Universidade Federal da Paraíba e fez residência em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro.

Marcelo Queiroga informou no currículo enviado ao Senado que é diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa, e cardiologista do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita (PB).