O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) César Asfor Rocha afirmou que entrará com processo contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci caso se confirme o conteúdo noticiado hoje pela Folha de S.Paulo. Segundo o jornal, Palocci, em acordo de delação premiada, acusou Asfor de receber R$ 5 milhões para barrar a Operação Castelo de Areia, comanda pela Polícia Federal, que tinha como alvos empreiteiros e políticos investigados posteriormente na Lava Jato. "Se Antonio Palocci efetivamente produziu essa infâmia, eu o processarei e/ou a quem quer que a tenha difundido. A afirmação é uma mentira deslavada que só pode ser feita por bandido, safado e ladrão", afirmou o ex-presidente do STJ. Ainda segundo a delação de Palocci, o acerto com César Asfor teria sido intermediado pelo advogado Márcio Thomaz Bastos - morto em 2014 - sob a promessa de apoio para o magistrado assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). "Observo que Márcio Thomas Bastos é um saudoso e querido amigo. Todavia, toda classe jurídica sabe que Márcio, até por ter compromissos com outras pessoas, nunca me prometeu apoio (o que muito me honraria), nem eu jamais lhe pedi – para ser ministro do STF. Muito menos fiz tal pedido a qualquer picareta", completou César Asfor. Segundo Palocci, os R$ 5 milhões teriam sido pagos em uma conta no exterior. A construtora Camargo Corrêa, que teria pago a propina, e familiares também negaram o recebimento do montante para barrar a operação da Polícia Federal.