Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (DF), nesta quinta-feira (5), o blogueiro cearense Wellington Macedo negou ter tido a ideia de explodir um caminhão na Capital Federal, em dezembro de 2022, e responsabilizou Alan Diego dos Santos. O jornalista alegou ser "vítima de uma trama diabólica". O ex-assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos foi condenado a seis anos de prisão – em regime fechado – e multado no valor de R$ 9,6 mil pelo crime.

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"Perguntei o que estava acontecendo e vi na mão dele [Alan Diego] um controle, tipo de ar-condicionado, e ele disse: ‘Não pare mais. Pode seguir. Vou explodir o caminhão’. Entrei em pânico, em desespero, porque ainda tinha uma mochila no banco traseiro. Falei para ele: ‘Como você faz isso comigo? Estou com uma tornozeleira eletrônica’. Falei que todo o percurso que foi feito estava registrado", disse.

Assista ao trecho:

Macedo alegou ter sido enganado por indivíduos que ele não conhecia e com os quais não tinha qualquer ligação política ou profissional.

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Durante sua oitiva, o blogueiro também negou ter qualquer envolvimento com grupos extremistas e enfatizou que sua participação nos acampamentos pró-Bolsonaro era realizada unicamente na qualidade de profissional da imprensa. Ele relatou incidentes em que foi hostilizado por membros dos chamados "QGs", afirmando: "Cheguei a ser agredido por um grupo que controlava um carro de som. Eles estavam em uma reunião e eu cheguei gravando. Eles não gostaram e partiram para cima de mim, chegaram a quebrar meu equipamento".