Vereador denuncia humilhações e acusa prefeito de Barreira de agir como “ditador”
Fala ocorreu durante pronunciamento na tribuna da Câmara
(Foto: reprodução/vídeo)
09/12/2025 16:15
Durante sessão da Câmara Municipal de Barreira, realizada nesta terça-feira (09), o vereador Gilson do Areré denunciou ter sido humilhado pelo prefeito da cidade, Chaveirinho, por meio de áudio enviado via WhatsApp. Na gravação, o chefe do Executivo municipal critica a postura do parlamentar, acusa aproximação com a oposição e sugere que ele migre formalmente para o grupo adversário. O parlamentar rebateu a suposta insinuação de traição feita pelo prefeito na gravação e afirmou que não se intimidará.
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No áudio, que circulou as redes sociais, o prefeito afirma que Gilson estaria "muito afinado" com o grupo de Alan, vereador local, e que deveria "fechar" com a oposição. Chaveirinho também menciona supostas vantagens financeiras que o parlamentar poderia obter ao aderir ao bloco oposicionista, além de comunicar que o vereador não teria mais espaço para indicar nomes a vagas na Câmara. O prefeito ainda classifica Gilson como a fonte de problemas ao longo do último ano.
Ouça o áudio:
Em resposta pública, Gilson acusou o prefeito de manter uma postura de desrespeito e constrangimento contra vereadores da própria base. Segundo ele, episódios de pressões e orientações para atacar colegas, como a vereadora Renata Guedes, seriam recorrentes em reuniões internas. Para o parlamentar, o áudio representa mais um exemplo de abuso político.
"O prefeito gosta muito de humilhar, massacrar não só a mim, mas também alguns colegas vereadores. Quando ele vem com um áudio desse, para mim, um cara desses não passa de um ditador", afirmou o vereador durante o discurso. Ele ressaltou que não pretende romper relações pessoais com colegas da Câmara apenas por questões partidárias, criticando o que considera uma tentativa do prefeito de controlar sua atuação.
Gilson também relatou que sua filha grávida foi exonerada de um cargo municipal sem justificativa, afirmando que ingressará com ação judicial. Segundo ele, a demissão configura violação à legislação de proteção à gestante, o que reforça sua decisão de deixar a base governista.
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No desfecho do discurso, o vereador rebateu a insinuação de traição feita pelo prefeito na gravação e afirmou que não se intimidará: "Você, no seu áudio, praticamente me chamou de traidor. Eu quero lhe dizer que quem tem fama de traidor aqui em Barreira não sou eu, é Chaveirinho. E você só cala a minha boca se eu morrer".
Assista ao vídeo: