Vereador cearense condenado a 40 anos de prisão por duplo assassinato será cassado

Na época do crime, em 2010, "Júnior Sedrim" era policial civil na Paraíba

"Júnior Sedrim" já está preso na Paraíba para cumprir a pena de 40 anos e 10 meses de cadeia. Em 2017, foi preso pela PF acusado de assaltar bancos em Missão Velha

17/05/19 12:30

Um vereador cearense, do Município de Jardim (a 574Km de Fortaleza), está preso na Cadeia Pública da cidade de Cajazeiras, no Interior da Paraíba (PB), após ter sido condenado a 40 anos e 10 meses de prisão. Trata-se do ex-policial civil  Francisco Renato Pereira Júnior, conhecido por “Júnior Sedrim” (PSB).

Na última quinta-feira (16), o político cearense foi levado a julgamento pelo Tribunal de Justiça da Paraíba e condenado por envolvimento em  um caso de duplo assassinato ocorrido em  23 de fevereiro de 2010.  Em 2017, ele chegou a ser preso pela Polícia Federal, acusado de envolvimento no assalto a duas agências bancárias na cidade de Missão Velha (a 521Km de Fortaleza).

Segundo os autos do processo, juntamente com o então PM José Alênio Leal Bezerra, “Júnior Sedrim” praticou um duplo homicídio no Município de Santana de Mangueira, situado na Região Metropolitana do Vale do Piancó (a 482Km de João Pessoa).

Aos dois ex-policiais  mataram, a tiros, o casal Carlos Batista Pereira e Cícera Pereira da Silva. Segundo a acusação apresentada pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB), no dia do crime os acusados entraram na casa com a intenção de matar um filho do casal, mas como ele não estava,  mataram os pais.  Uma criança que tinha 2 anos de idade na época também foi baleada, mas sobreviveu.

Cassado

A sentença foi prolatada pelo juiz da 1ª Vara da Comarca de Conceição, Antônio Eugênio Leite Ferreira Neto. Os condenados não podem recorrer em liberdade. Com a condenação, o juiz pediu para que seja feita uma notificação à Câmara de Vereadores do Município de Jardim (CE), para que o vereador tenha o mandato cassado.

Ainda de acordo com o MPPB, a dupla execução sumária teve um mandante e foi motivada por brigas antigas entre famílias. Apesar disso, o mandante do crime ainda não foi identificado. Sem a identificação do autor intelectual do crime, o juiz determinou que o Ministério Público continue investigando o caso.

LINKS PATROCINADOS