Um ano depois da tragédia do Edifício Andréa, Justiça ainda não julgou ninguém
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Um ano depois da tragédia do Edifício Andréa, Justiça ainda não julgou ninguém

Dois engenheiros e um pedreiro foma indiciados em inquérito e denunciados pelo MP

Em minutos, o edifício se transformou em uma montanha de escombros na manhã de 15 de outubro de 2019

15/10/2020 9:51

Um ano depois da tragédia que se abateu sobre o Edifício Andrea, em Fortaleza, a Reportagem do portal  CN7 voltou, na manhã desta quinta-feira (15), ao local do acidente. O jornalista Fernando Ribeiro mostrou como hoje está o local que antes abrigava um prédio residencial onde ao menos, seis famílias moravam. Na tragédia, nove pessoas – entre elas, seis moradores – acabaram morrendo soterrados pelos escombros do imóvel. Até hoje, ninguém foi punido pelas nove mortes.

Era a manhã do dia 15 de outubro de 2019 quando o “Andréa”, localizado na esquina das ruas Tibúrcio Cavalcante e Tomás Acioli, no bairro Dionísio Torres, na zona nobre da Capital, veio abaixo. As pilastras do prédio, que seriam reformadas, não suportaram o peso da estrutura. No dia anterior haviam sido iniciadas obras de reforma. Uma minuciosa investigação realizada pela Polícia Civil e pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), revelou que a intervenção na estrutura, de responsabilidade de dois engenheiros e um pedreiro, foi “determinante” para o desabamento que virou tragédia para nove famílias.

De acordo com a investigação, foram responsáveis pela queda do prédio os engenheiros civis José Andreson Gonzaga dos Santos e Carlos Alberto Loss de Oliveira, além do pedreiro Amauri Pereira de Souza. Este último, estava no prédio na hora do desabamento e, ao perceber os primeiros estalos na estrutura, conseguiu correr e escapou do soterramento juntamente com a síndica.

Durante quatro dias ininterruptos, o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, com o auxílio de dezenas de voluntários, trabalhou nos destroços do prédio até concluir o trabalho de rescaldo com a certeza de que não havia mais ninguém – vivo ou morto – em meio às toneladas de  escombros  do residencial.

Veja a relação dos mortos no desastre:

1 – Frederickson de Santana Santos, 30 anos (ajudante do caminhão soterrado)

2 – Isaura Marques Bezerra, 81 anos (moradora do apartamento 501)

3 – Antônio Gildásio Holanda da Silveira, 60 anos (morador do apartamento  301)

4 – Nayara Pinho Silveira, 31 anos (moradora do apartamento 301)

5 – Rosane Marques de Menezes, 56 anos (moradora do apartamento 501)

6 – Maria da Penha Bezerril Cavalcante, 81 anos (moradora do apartamento 101)

7 – Vicente de Paula Vasconcelos de Menezes, 86 anos  (morador do apartamento 501)

8 – Maria das Graças Rodrigues, 70 anos, síndica do prédio (moradora do apartamento 502)

9 – Eriverton Laurentino de Araújo, 44 anos (cuidador de idosos, estava no local trabalhando)

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