Servidora da Saúde revela esquemas da fraude na construção do hospital no PV
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Servidora da Saúde revela esquemas da fraude na construção do hospital no PV

Servidora da Secretaria da Saúde "abriu o jogo" na PF após o marido ser preso armado

Centenas de documentos foram apreendidos pelos agentes da PF na sede da Secretaria de Saúde do Município, no Centro da cidade

04/11/2020 12:37

A prisão em flagrante de um homem que estava armado pode levar a Polícia Federal a chegar,  em pouco tempo, a toda à teia de crimes praticados com uso de verbas públicas pela Prefeitura Municipal de Fortaleza  durante as ações de combate à pandemia do Covi-19.  Durante a “Operação Cartão Vermelho”  ocorrida nesta terça-feira (3), a esposa do homem detido armado, uma servidora da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, se desesperou e decidiu “abrir o jogo” com os “federais”, contando tudo que sabe sobre o escândalo da malversação do dinheiro público.

Apavorada com a prisão do marido, a servidora da Saúde de Fortaleza teria decidiu livrar o marido da prisão em troca de uma espécie de delação premiada que não estava prevista nas investigações. Temendo que o marido fosse para o presídio, a esposa “entregou” na sede da PF, em depoimento reservado, todo o esquema de propinas e corrupção com dinheiro público gasto na construção e manutenção do hospital de campanha instalado pela Prefeitura no Estádio Presidente Vargas (PV).

O depoimento que é mantido em sigilo e que agora será anexado aos autos da “Operação Cartão Vermelho”, pode  ser o estopim de uma nova operação a ser realizada nas próximas horas pela PF em conjunto com a Unidade de Operações Especiais da Controladoria Geral da União no Ceará (CGU-CE).

Prisões à vista

Com  as novas revelações, a PF dá curso à investigação agora robustecida pelo calhamaço de documentos, além de computadores, celulares e outras mídias apreendidas no decorrer do cumprimento dos mandados judiciais de busca e apreensão nesta terça-feira. Grande parte desse material já foi encaminhada ao setor de Perícia Criminal Contábil da PF, como planilhas, ordens de pagamentos, Notas Fiscais (NF)  e outros papéis que servirão de provas materiais e já não mais apenas “indícios” dos crimes já revelados pela PF: malversação de verbas públicas, desvio de recursos públicos federais, fraudes em  procedimentos de dispensa de licitação no contexto do enfrentamento ao coronavírus em Fortaleza, além de corrupção e enriquecimento ilícito com o uso de empresas “fantasmas”.

Somente da sede da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, estabelecida em um prédio na Rua Barão do Rio Branco, em pleno Centro da Capital, os agentes e peritos da PF recolheram quase meia tonelada de documentos. O prédio foi isolado e os servidores proibidos de entrar, sendo dispensados do serviço pela direção. Foi o mesmo tipo de procedimento já realizado pela PF e CGU em maio último, na Secretaria e no IJF-Centro  durante a “Operação Dispnéia”, que investiga a compra de respiradores  

Após as buscas em vários endereços da Capital cearense, em São Paulo e na cidade de Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul, a PF parte, agora, para a análise do material apreendido e a fase de depoimentos e prisões nas próximas etapas da operação.

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