O deputado federal Roberto Pessoa deu entrada na Câmara em projeto que considera crime hediondo atentados contra jornalistas e radialistas. Se aprovada, a lei será batizada de Tim Lopes, em homenagem ao jornalista da Rede Globo, que foi assassinado na madrugada do dia 2 de junho de 2002, enquanto realizava uma reportagem sobre abuso sexual de menores e tráfico de drogas em um baile funk na favela da Vila Cruzeiro, no bairro da Penha, Rio de Janeiro. Segundo Roberto Pessoa, a violência contra radialistas e jornalistas, profissionais de imprensa no exercício de sua profissão, é uma afronta direta à liberdade de expressão e prejudica a democracia brasileira. Pelo projeto de lei, o deputado propõe que conste na lei de crimes hediondos, o crime cometido contra a vida, a segurança e a integridade física do jornalista e profissional de imprensa no exercício da sua atividade. Em tempo * O Brasil ocupa a décima colocação no ranking mundial de impunidade de crimes contra jornalistas. * Na América Latina, o Brasil ocupa a terceira posição no continente e faz parte do ranking há nove anos, até então com 17 casos não resolvidos no país. * A maior parte das vítimas são jornalistas locais, profissionais que cobrem países de alta instabilidade política, localizados em zonas de conflito e violência armada, seguidos por aqueles que cobrem corrupção, criminalidade, política e direitos humanos.