O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), lamentou a falta de soluções após o encerramento da produção da fábrica Guararapes, na capital cearense. Cerca de dois mil funcionários foram demitidos pela empresa, que informou que vai concentrar as atividades em Natal, no Rio Grande do Norte.

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Em publicação nas redes sociais, o ex-prefeito disse ter acompanhado com tristeza e espanto a decisão da empresa de demitir "de forma drástica e descomprometida" cerca de dois mil funcionários. "Para agravar, surgem agora denúncias que nem mesmo os direitos e os acordos estabelecidos com os trabalhadores estão sendo cumpridos", lamentou.

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Ainda na publicação, Roberto Cláudio afirmou que vai acionar Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a empresa.

Leia o texto completo:

"Acompanhei com grande tristeza e espanto a decisão da empresa Guararapes de demitir, de forma drástica e descomprometida com os trabalhadores e com o próprio Estado do Ceará, 2000 pessoas, agora em Janeiro, nesse momento de crise, incertezas e grande necessidade. Para agravar, surgem agora denúncias que nem mesmo os direitos e os acordos estabelecidos com os trabalhadores estão sendo cumpridos. Não bastasse a situação em si, existe outro agravante que é o fato de que a empresa recebeu benefícios fiscais do Governo do Estado exatamente para gerar esses empregos aqui no Ceará. Chama atenção o conformismo e a apatia do Governo do Estado frente à gravidade social da situação e ao descaso da empresa com o Estado que lhe deu incentivos (recursos públicos que potencialmente poderiam estar sendo usado para outros fins), exatamente com o compromisso de gerar desenvolvimento!

Em síntese, desemprego, descaso e falta de compromisso frente aos benefícios fiscais estaduais recebidos e, agora, denúncias de descumprimento de direitos trabalhistas!

Tudo isso é um tapa na cara dos trabalhadores e do Estado do Ceará. O Governo do Estado precisa reagir por todos os meios disponíveis, inclusive os judiciais, acionando a Procuradoria Geral do Estado para que tome todas as providências necessárias.

Enquanto isso, acionaremos o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho!"