Os professores municipais de Fortaleza aprovaram, nesta sexta-feira (27), por unanimidade, a continuidade da greve deflagrada no dia 18 de abril. A categoria reuniu-se hoje, na Praça José Bonifácio, no Centro de Fortaleza, para cobrar, mais uma vez, que a Prefeitura de Fortaleza cumpra a lei do piso, que prevê o reajuste de 6,48%. Segundo os professores, a lei do piso, que prevê reajuste anual aos professores conforme índice apontado pelo Ministério da Educação (MEC), é descumprida pela Prefeitura desde 2016. Em 2018, a proposta da gestão defende o pagamento de 2,95%, com o restante sendo pago até dezembro de 2018, parceladamente. A decisão pela continuidade da greve bate de frente com uma decisão judicial que determinou a ilegalidade da greve, condenando o sindicato ao pagamento de multa diária de R$ 10 mil e proibindo que os professores ocupassem qualquer prédio escolar em qualquer tipo de manifestação. A decisão foi usada pela Secretaria Municipal de Educação para tentar intimidar a categoria. Segundo professores, o sindicato foi avisado que, caso realizasse a manifestação, como estava prevista, no colégio municipal Filgueiras Lima, a secretaria acionaria a Polícia Militar para prender os trabalhadores. A manifestação foi levada, então, à Praça José Bonifácio. A Prefeitura ainda estaria preenchendo a lista de frequência dos profissionais com "descumprimento a ordem judicial", em vez de assinalar "greve". Além do vereador Acrísio Sena (PT), que se manifestou na Câmara de Fortaleza na quarta-feira (24), o vereador Guilherme Sampaio (PT) também manifestou apoio.