Políticos cearenses são investigados por terem ligação com chefe de facção criminosa
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Políticos cearenses são investigados por terem ligação com chefe de facção criminosa

"Marquim Chinês" mantinha diálogos com os políticos via WhatsApp

"Marquim Chinês", traficante de drogas, tinha ligações com os políticos

01/04/2019 10:10

Três políticos cearenses, entre eles, um ex-prefeito, estão na lista dos investigados por manterem relação com um bandido apontado como um dos chefes da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE).  Os nomes deles vieram à tona após o “vazamento” de uma investigação sigilosa que vinha sendo feita pela Polícia Civil, através da sua Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Deaco). O bandido investigado trata-se de Marcos da Silva Pereira, conhecido como “Marquim Chimês”, um dos líderes da facção cearense GDE e, de acordo com a Polícia, o responsável pelo tráfico de drogas em uma comunidade do bairro Papicu, na zona leste de Fortaleza. Ao ser capturado em 19 de setembro do ano passado, “Maquim” tentou se desfazer do seu celular enquanto era perseguido por uma patrulha da Polícia Militar. Ao ser abordado já no Município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, ele portava o aparelho (danificado) e cerca de R$ 18,5 mil em espécie. Nomes A PM entregou o celular à Polícia Civil, que, por sua vez, pediu autorização à Justiça para rastrear as conversas do bandido através do aplicativo WhatsApp. Na varredura feita pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e pelo Departamento de Inteligência Policial (DIP) apareceram os nomes e diálogos do criminoso com o  atual prefeito do Município de Palhano (a 153Km de Fortaleza), Ivanildo Nunes da Silva, o “Dinho Nunes” (PT); com o ex-secretário-adjunto  de Esportes do Estado do Ceará, Marcos Antonio Lage de Sousa; e com o empresário José Wherter Nascimento da Silva, o “Werther Móveis”, que foi candidato a vereador por Fortaleza, em 2012, mas que não conseguiu se eleger. Os diálogos do traficante com os três políticos estão sendo analisados pela Polícia que busca saber do grau de envolvimento deles, ou não, com as atividades criminosas do bandido preso. Já foi descoberto que “Marquim” pedia dinheiro aos três em nome da “comunidade” do bairro  Papicu onde ele comandava o tráfico de drogas.  

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