A Polícia Civil do Ceará (PCCE) está investigando a atuação de provedores de internet clandestinos ligados à facção criminosa Comando Vermelho (CV) e promete fechar todos os que operam sob influência do grupo. O Governo do Ceará mantém a mobilização das forças de segurança para combater os ataques e garantir a normalização do serviço de internet no Estado.

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A ofensiva contra os provedores suspeitos já resultou na prisão de cinco pessoas em flagrante, pelos crimes de funcionamento ilegal de provedores de internet e receptação. Segundo o delegado-geral da PCCE, Márcio Gutierrez, um dos presos atuava como articulador das extorsões e ataques, enquanto outro era responsável pela operação técnica de um provedor clandestino mantido pela facção.

Os provedores de internet no Ceará têm sido alvo de ataques promovidos pelo CV. As ações do crime organizado começaram como retaliação ao não pagamento de “pedágio” exigido pela facção. Veículos, lojas e sistemas de distribuição foram atacados em bairros de Fortaleza, Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Caridade, causando interrupção dos serviços e afetando milhares de clientes.

Os ataques também levaram pequenas provedoras a decretar falência, impactando o setor de internet no Estado.

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De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Ceará possui 511 provedores de banda larga fixa, sendo que apenas três grandes empresas dominam 52,6% do mercado. No entanto, estimativas indicam que mais de 1,2 mil provedores operam no Estado, muitos sem regulamentação. Pequenas provedoras costumam gerar, em média, 10 empregos diretos cada.

A investigação da Polícia Civil continua em andamento, e novas ações contra os provedores ligados ao crime organizado devem ser realizadas nos próximos dias.