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Provedora de Internet de Caucaia anuncia o fim das operações após ataques do crime organizado

"Em menos de 20 minutos, atos de vandalismo devastaram tudo o que construímos"

Provedora de Internet de Caucaia anuncia o fim das operações após ataques do crime organizado

Foto: Reprodução/Arquivo Cn7

20/03/2025 10:17

Os ataques às empresas de fornecimento de internet no Ceará, registrados no primeiro trimestre do ano, devastaram o sistema de fornecimento de internet em municípios que compõem a Região Metropolitana de Fortaleza e do Sertão Central do Estado. Em Caucaia o prejuízo causado a uma companhia de pequeno porte impossibilitou a recuperação dos ramais, levando a empresa a falência. A provedora 'GPX Telecom', com operação no município de Caucaia, anunciou o encerramento de suas atividades após os ataques. O comunicado oficial foi feito por meio de nota, nessa quarta-feira (19). O documento direcionado aos clientes informou "em menos de 20 minutos, atos de vandalismo devastaram tudo o que construímos com tanto esforço e comprometimento, levando-nos a tomar a difícil decisão de encerrar nossas operações".

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Desde fevereiro, quando ações do crime organizado foram iniciadas em retaliação ao não pagamento de "pedágio" exigido por uma organização criminosa de origem carioca, veículos, lojas e sistemas de distribuição foram atacados em bairros de Fortaleza, Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Caridade, causando interrupção do fornecimento e deixando milhares de clientes prejudicados. O levantamento feito entre operadoras locais de telecomunicações aponta que aproximadamente 10% da população da Grande Fortaleza vive em áreas atualmente controladas pelo crime organizado, afetadas pelos ataques realizados pela facção, contra a infraestrutura de conectividade.

Uma comitiva de associações que representam empresas que prestam serviços de telecomunicações se mobiliza pelo apoio do Ministério da Justiça em Brasília. O diálogo já começou junto a Secretaria Nacional de Segurança Pública. 

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A Agência Nacional de Telecomunicações informou por meio de nota publicada no dia 13 de março, que monitora os ataques no Ceará e outros estados da Federação. A agência já solicitou a participação no Grupo Nacional de Apoio ao Enfrentamento ao Crime Organizado (Gaeco Nacional), criado no mês de fevereiro com objetivo de fortalecer a atuação do Ministério Público Federal (MPF) no combate à criminalidade.

Confira a nota na íntegra:

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