Polícia Civil do Ceará tem o terceiro pior salário do País, denuncia vereador Julierme

Delegados entram na luta em apoio às reivindicações de inspetores e escrivães

Policiais civis combatem o crime diariamente, mas recebem péssimos salários

28/05/19 12:58

O policial civil e vereador de Fortaleza, Julierme Senna, em artigo publicado nesta terça-feira (28), denuncia que o Ceará ocupa hoje o terceiro lugar no ranking nacional com piores salários na Polícia Civil.

O vereador ressalta a necessidade de uma sintonia entre as categorias que formam a instituição e, mais uma vez, ressalta a defasagem nos quadros da instituição. O fosso salarial com a classe dos delegados, mesmo com as duas primeiras categorias sendo também alçadas à exigência de curso superior, ainda é um desafio a ser vencido. Leia o artigo:

“Apesar de trabalhar dentro da mesma instituição e com o mesmo dever investigativo, escrivães, inspetores e delegados, por muito tempo não caminham em sintonia. Mas, aos poucos essa história vem mudando e ganhando novos horizontes, sinalizando para uma unidade de luta dentro da categoria. O Ceará ocupa o terceiro lugar no ranking com o pior salário da Polícia Civil”, ressalta.

“Essa é a pauta mais dolorida e mais aguardada para escrivães e inspetores: a reestruturação salarial de nível superior. Ou seja, um salário compatível com as exigências de seus cargos. Nessa luta, temos visto um movimento interessante que vem ganhando um novo fôlego com o apoio de delegados, que estão defendendo publicamente a valorização dos colegas policiais civis.

É bem verdade que, de modo geral, faltava essa atitude. Por isso, é tão importante enaltecer esse momento, pois é o despertar dos delegados cearenses para a necessidade urgente de uma nova polícia civil. E da importância de uma categoria falar a mesma língua e defender os mesmos interesses, em nome da prestação de um serviço ainda mais qualificado. Afinal, a investigação acontece através deste tripé: escrivão, inspetor e delegado. E todos precisam executar plenamente sua função para que o bem maior possa acontecer.

E por trás daquele colete, daquele distintivo e daquele inquérito, existe um ser humano que precisa estar motivado. A falta de um salário equivalente a complexidade dos cargos de escrivão e inspetor, tem sido um fator crucial para a existência da motivação, que já foi destacada até pelo governador do Estado, Camilo Santana: “Se a pessoa não estiver estimulada, dificilmente conseguiremos os resultados que queremos”.

É com este pensamento e com esse apoio dos delegados que devemos continuar a lutar e defender nossa tão merecida reestruturação salarial. 
A luta só pára quando a vitória chegar.”

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