PF deflagra Operação Não Seja um Laranja 2 para combater fraudes bancárias
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PF deflagra Operação Não Seja um Laranja 2 para combater fraudes bancárias

Dois mandados de busca e apreensão são cumpridos no Ceará

30/05/2023 9:28

Nesta terça-feira (30), a Polícia Federal, em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e seus bancos filiados, deu início à Operação Não Seja um Laranja 2, com o objetivo de desmantelar esquemas criminosos relacionados a fraudes em contas eletrônicas de diversas instituições bancárias em todo o país. A ação também contou com o apoio da Interpol, por meio do Centro de Crimes Financeiros e Anticorrupção (IFCACC-Interpol).

Agentes da Polícia Federal e Civis cumpriram 51 mandados de busca e apreensão em 17 estados e no Distrito Federal, como parte das investigações envolvendo indivíduos que disponibilizaram suas contas pessoais para receber recursos provenientes de golpes e fraudes contra clientes bancários. Dois mandados de busca e apreensão são cumpridos no Ceará.

A operação faz parte do Projeto Tentáculos, que tem como um dos principais pilares um Acordo de Cooperação Técnica estabelecido entre a Polícia Federal e a Febraban, em vigor desde outubro de 2017. Esse acordo se consolidou como referência nacional e internacional para a cooperação público-privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas.

Nos últimos anos, a Polícia Federal tem observado um aumento significativo da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos nos quais elas "emprestam" suas contas bancárias mediante pagamento. Essa prática, que oferece um "lucro fácil" ao ceder contas para receber transações fraudulentas, tem possibilitado a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que prejudicam inúmeros cidadãos. Esses indivíduos são popularmente conhecidos como "laranjas".

A Polícia Federal faz um alerta à população:

Emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime e acarreta danos consideráveis aos cidadãos. Além do potencial ofensivo dessa conduta criminosa, que se tornou um dos principais meios de financiamento de organizações criminosas, há também prejuízos financeiros para milhares de brasileiros.

As penas para esse tipo de crime podem chegar a oito anos de prisão, além de multas, e podem ser agravadas se os crimes forem cometidos com o uso de servidores localizados fora do Brasil ou se a vítima for uma pessoa idosa ou vulnerável.

Essa operação, de abrangência nacional, tem como objetivo coibir essa criminalidade, seguindo os moldes de uma ação realizada em agosto de 2022, quando foram executados 43 mandados de busca em 13 estados e no Distrito Federal.

O Portal de Notícias continuará acompanhando os desdobramentos dessa operação e trará mais informações assim que estiverem disponíveis.

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