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PF avança em investigação sobre desvio bilionário dos recursos de emendas parlamentares

A investigação tem respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF)

PF avança em investigação sobre desvio bilionário dos recursos de emendas parlamentares

(Foto: divulgação/PF)

28/03/2025 17:56

A reportagem da Carta Capital revela um esquema bilionário de corrupção envolvendo emendas parlamentares no Brasil, especialmente no Ceará e Maranhão. A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF) com respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF), aponta para um esquema de propinas envolvendo políticos, empresários e lobistas.

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O caso envolve parlamentares como Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa, que destinaram verbas a prefeituras em troca de propina. O empresário Pacovan, um dos operadores do esquema, foi assassinado em 2024, possivelmente por dívidas não pagas. A denúncia contra os deputados já foi aceita por ministros do STF.

A reportagem traz um trecho das restrições à liberação dos recursos, assinada pelo juiz Flávio Dino, do Supremo, em decisão contrária à farra das emendas. "É de clareza solar que jamais houve tamanho desarranjo institucional com tanto dinheiro público em tão poucos anos. Com efeito, somadas as emendas parlamentares entre 2019 e 2024, chegamos ao montante pago de R$ 186,3 bilhões de reais", escreveu o magistrado em 2 de dezembro.

O orçamento secreto, criado entre 2015 e 2019, foi utilizado para desviar bilhões de reais, com destaque para o ex-presidente da Câmara Arthur Lira, que teria manipulado verbas para beneficiar aliados, como o ex-prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves. Outras investigações envolvem o senador Eduardo Gomes e o ministro Juscelino Filho, ambos suspeitos de desviar recursos por meio da estatal Codevasf.

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A PF já realizou diversas operações em 2024 e 2025 para aprofundar as investigações, incluindo as operações “Overclean” e “Emenda Fast”. No Ceará, o deputado Júnior Mano é acusado de desviar 15% das emendas para caixa 2 e financiamento de campanhas municipais. O lobista João Batista Magalhães, ex-assessor do governo Bolsonaro, também é apontado como peça-chave no esquema.

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