PCC ocupa Sobral, causa pânico e aplica pena de morte em vários bairros da cidade
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PCC ocupa Sobral, causa pânico e aplica pena de morte em vários bairros da cidade

Na última quinta-feira, a vice-prefeita Christianne Coelho (PT) foi expulsa do conjunto Novo Caiçara e teve seu veículo apedrejado por volta das 15 horas

Crime organizado toma conta de Sobral (Fotos: Wellington Macedo)

29/06/2018 13:58

Em Sobra, o Estado perde força e espaço, apesar do aumento no número de policiais e viaturas. Apesar de todo aparato, as forças da Segurança Pública, sem moral, não conseguem reverter o quadro. Assaltos, arrastões, roubo de gado, roubo de veículos, ataques a bomba e homicídios tem deixado a população do Município em pânico. “Aqui si fas, aqui si paga. Aqui si mata, aqui si morre”, escreveu integrantes do PCC de Sobral nos muros da cidade. A “Lei” da morte e seu código de conduta foi pichado em vários bairros da “Princesa do Norte”, como era conhecida a terra dos Ferreira Gomes. Agora, Sobral está sendo chamada de “terra dos pés juntos”, como relata as testemunhas dos crimes. Na rua Trio Elétrico, no Sumaré, o recado proíbe o uso de drogas na presença de crianças. Veja Tragédia No bairro Alto do Cristo, dona “Luciana” teve seus dois filhos homens condenados à pena de morte, Edinardo Silva e Paulo Roberto. O último, como está escrito em seu túmulo, foi morto no último dia 20 de maio. Roberto foi executado com vários tiros na cabeça na porta de casa e na presença de sua mãe. Poderosos e o crime O crime organizado em Sobral está dividido em hierarquias. As ordens de execuções, assaltos e as “batidas” partem de reuniões que acontecem dentro do presídio da cidade. Matar um rival pode valer o batismo, respeito e admissão do grupo. As “batidas” são ações relâmpago, como os ataques contra a base da polícia e, até mesmo, viaturas com bombas incendiárias, como vem acontecendo. Na última quinta-feira (21), a vice-prefeita Christianne Coelho (PT) foi expulsa do conjunto Novo Caiçara e teve seu veículo apedrejado por volta das 15 horas. A presença da equipe da Ronda Municipal (ROMU), que acompanhava a vice-prefeita, não intimidou o ataque. As câmeras de monitoramento instalaras em alguns bairros já foram quase todas destruídas pelas facções criminosas, as poucas que ainda restam, parte delas não funcionam. Já no início da semana uma viatura da Polícia Militar foi atacada com coquetel molotov e o para-brisa foi estourado com o impacto da bomba. Nem o prefeito, nem o comando do 3º BPM se manifestaram sobre os ataques. Sem o resultado esperado, as blitz sumiram. Por falta de policiais, boa parte dos mais de 200 que chegaram a Sobral no início do ano já não são vistos nos logradouros públicos. Realidade Com informações de Wellington Macedo

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