Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que o número de policiais militares e bombeiros inativos nos estados vai quase dobrar, nos próximos 25 anos.

O número pode chegar a 500 mil servidores - atualmente são 270 mil - o que evidencia a importância de se fazer a reforma da Previdência, informa a edição desta terça-feira (30) do jornal O Globo.

A pesquisa mostra ainda que 15% a 20% dos militares devem deixar o serviço militar a cada cinco anos. "Aqueles admitidos a partir de 2017 começam a se aposentar da década de 2040", diz o estudo.

Economia de R$ 29 bilhões

A folha de pagamento total nos estados, incluindo inativos e quem está na ativa, é de R$ 80 bilhões. Esse montante representa 13% da receita corrente líquida dos estados.

O coordenador de Políticas Macroeconômicas do Ipea e coautor da pesquisa, Cláudio Hamilton dos Santos, afirma que poucos estados têm diminuido o número de militares na ativa, o que vai manter um fluxo constante de entrada na inatividade.

Claudio Santos se surpreendeu com a diferença de regras de aposentadoria nos estados. No Ceará, há idade mínima fixada em 53 anos. Idade superior à faixa média observada entre os militares, que vão para reserva entre 48 anos e 52 anos, após 30 anos de serviço.