O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou nesta quarta-feira (24) que o Ceará será o primeiro Estado a receber o novo mutirão carcerário, em parceria com defensores públicos dos estados e da União. A proposta foi apresentada pelo Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege) e aprovada pelo ministro. A ação deve começar em junho, e o Ceará foi escolhido por ter 66% da população carcerária como presos provisórios. "O Brasil já tem a terceira maior população carcerária do mundo são 726 mil apenados sendo que aproximadamente 40% deles são presos provisórios. E um número que nós não temos identificado daqueles que já poderiam ter deixado o sistema porque já cumpriram a pena prevista, e vários deles sequer tem condenação", observou o ministro. Depois do Ceará, o mutirão vai para os estados de Goiás (agosto) e Pará (setembro). O ministro Raul Jungmann pediu que o Condege feche um cronograma até o fim do ano e faça um levantamento de custos, além da previsão de atendimento. "Nesse sentido, o convenio que nós vamos fazer com os defensores públicos de todo o país vai levar à possibilidade de reduzir o déficit no sistema prisional, reduzir possíveis e futuras tragédias e vai também possibilitar que nós possamos ter naqueles que deixam o sistema prisional uma nova oportunidade de serem ressocializados e se afastarem definitivamente do crime", explicou o ministro.