O Estadão desta quarta-feira(6) traz matéria informando que a alta de infecções provocadas pela covid-19 tem feito governos reabrirem ou estenderem prazo de funcionamento de hospital de campanha pelo país. E Fortaleza está na lista.

As estruturas atenderam à população no primeiro semestre de 2020 e estiveram ligadas a suspeitas de desvio de verbas e falhas de planejamento.

Um dos problemas de hospitais de campanha é investir em estrutura que será desfeita. Walter Cintra, professor de Administração Hospitalar da FGV, acredita que as unidades provisórias podem ser necessárias com o maior contágio após as festas de fim de ano. Mas vê alternativas. “Concluir a ativação de hospitais que não estejam totalmente ativados, e reativar hospitais desativados por qualquer razão no passado. Após a pandemia, esses leitos podem ser usados para outras finalidades, principalmente no SUS que carece de vagas”, diz.

Em tempo

Para complicar ainda mais, o Brasil está sem vacina -- conseguiu só 2 milhões de doses da Astrazeneca/Oxford para chegar até final de outubro e é insuficiente --, sem seringa e sem agulha.

Cálculos do microbiologista Luiz Almeida apontam que para funcionar com a eficácia de 62% dela será preciso imunizar 80% de brasileiros ou 129 milhões de habitantes, que consumirá um prazo de 244 dias. Só para a 1ª dose da Astrazeneca/Oxford.