Era setembro de 2023 quando um email anônimo foi enviado ao núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate as Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE). Segundo a denúncia, um grupo de pelo menos cinco cooperativas de saúde estariam superfaturando licitações em mais de 21 municípios.

A operação 'Fagos' cumpriu, na manhã desta terça-feira (12), 20 mandados de prisão e busca e apreensão nos municípios de Fortaleza, Aracoiaba, Caucaia e Maracanaú, no Ceará, e Piracuruca, no Piauí. Foram apreendidos celulares, computadores e outros documentos de propriedades que podem auxiliar nas investigações. Além disso, foram autorizados a quebra do sigilo telemático, bancário e a indisponibilidade de bens dos envolvidos.

"A gente teve acesso a alguns documentos e celulares e a partir daí demos continuidade à investigação. Descobrimos que esse grupo detinha ao menos cinco cooperativas diferentes, embora elas atuassem com nomes de laranjas. Eles tinham essas cooperativas para concorrerem entre si. Então, eles ganhavam e faziam o preço deles", disse o promotor de Justiça, Breno Rangel no anúncio da operação em coletiva nesta terça-feira.

Os crimes apontados pelo Gaeco são: organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e outros delitos contra a administração pública. Conforme as investigações, os recursos negociados por meio das licitações são superiores a R$ 180 milhões, tendo sido desviados mais de R$ 60 milhões.