Moroni anuncia que até 2020 Fortaleza contará com 20 torres de vigilância 24 horas

Prefeito Roberto Cláudio autorizou a expansão do programa diante dos bons resultados

Moroni anunciou a ampliação do PMPU em entrevista na Rádio Cidade AM

21/11/19 12:46

O vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Bing Torgan (DEM) anunciou nesta quinta-feira (21) que, até o meio do ano próximo, a Capital cearense disporá de 20 Torres de Vigilância 24 horas, nos bairros considerados mais vulneráveis à violência e à criminalidade.  Ainda neste ano, 10 equipamentos estarão em funcionamento e os demais serão inaugurados ao longo de 2020.

Moroni anunciou a ampliação da rede de proteção às comunidades em entrevista ao vivo ao programa “Sem Meias Palavras”, da Rádio Cidade AM, apresentado pelo delegado de Polícia Civil César Wagner Martins. Entre vários assuntos discutidos, o vice-prefeito também falou de política e disse que o prefeito Roberto Cláudio (PDT) será o “grande cabo eleitoral” para sua sucessão na Prefeitura de Fortaleza. “Ele certamente vai ouvir a todos e dará uma resposta”, disse o vice.

Idealizador e gestor do Programa Municipal de Proteção Urbana (PMPU), Moroni revelou que o modelo de prevenção à violência que está sendo implantado na Capital tem obtido, mesmo que ainda em fase experimental, importantes resultados na redução da criminalidade. “O prefeito Roberto Cláudio abraçou o programa. Tanto assim que, de inicialmente 10 torres, ele autorizou que sejam implantadas 20, o dobro, diante dos resultados já apresentados”.

Moroni citou como exemplo a comunidade Goiabeiras, na zona Oeste de Fortaleza, onde os índices de assassinatos eram altíssimos. O bairro foi o segundo a receber a implantação da torre do PMPU na Capital (o primeiro foi o Jangurussu). “Cheguei lá às oito e meia da noite e vi as crianças brincando nas ruas, os pais conversando nas calçadas. Tudo totalmente diferente do que era antes. Antes o cenário era de violência”.

O vice-prefeito foi ainda questionado sobre o avanço da criminalidade no Brasil, principalmente por conta da expansão do tráfico de drogas. Para ele, que em 1991,  como deputado federal, presidiu na Câmara, em Brasília, a CPI do Narcotráfico, um dos principais motivos do avanço do crime organizado no País foi a falha no comando e administração do Sistema Penitenciário.

“Os presídios passaram a ser escritórios do crime. Em São Paulo o PCC,  e no Rio de Janeiro o Comando Vermelho”. Quando essas facções começaram a mandar  nos presídios foi o começo de tudo. O Sistema Penal tem que ser administrado pelo Poder Público e não ficar nas mãos de criminosos. Na CPI, nós enfrentamos Fernandinho Beira-Mar (chefe do CV) e “Marcola” (chefe do PCC). Enfrentamos esse pessoal todo, mandamos 800 pessoas para a cadeia, até irmão de deputado.  Isso é o que precisa ser feito”.

Moroni citou o bom trabalho que a Guarda Municipal de Fortaleza vem fazendo na prevenção à violência nos bairros onde o PMPU já foi instalado e defendeu o projeto de Roberto Cláudio na implantação de escolas funcionando em tempo integral. “Não agora, mas daqui a quatro, cinco anos, isso terá um impacto importante na redução da violência”. E concluiu: “Para os jovens  fica o recado, não façam coisas erradas, pois isso terá um preço. E para os pais, não deixem seus filhos serem recrutados pelos traficantes.  O jovem que dá ouvidos aos bandidos, vai servir de bucha de canhão para eles. Quem vai para o lado errado, acaba a vida antes”.

Por FERNANDO RIBEIRO

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