Ministro do STJ muda de posição após prefeito contratar filho de colega de tribunal
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Ministro do STJ muda de posição após prefeito contratar filho de colega de tribunal

Napoleão Nunes Maia

12/09/2017 10:57

O ministro cearense do Superior Tribunal Federal (STJ), Napoleão Nunes Maia, mudou de posição para beneficiar temporariamente um prefeito do interior do Maranhão, após ele ter contratado o filho de um ministro do tribunal para atuar na causa. A informação é do site BuzzFeed. No STJ, ele é relator de um processo que discute a condenação por improbidade do prefeito de Bacabal, no interior do Maranhão. José Vieira Lins é acusado de usar dinheiro público para se promover. Por duas vezes, Napoleão decidiu contra o prefeito. Mas não demorou muito e o ministro mudou de ideia. No meio do caminho, o prefeito de Bacabal trocou de defesa e quem assumiu a causa foi o advogado Otávio Noronha. Otávio é conhecido pelo sobrenome. Ele é filho de João Otávio de Noronha, colega de Napoleão como ministro do STJ. Noronha, o pai, é também corregedor nacional de Justiça, no Conselho Nacional de Justiça. Outro lado Procurado pelo BuzzFeed, o advogado Otávio Noronha disse que a questão é controversa e por isso o tribunal analisará o caso. "O recurso foi na transição dos Códigos e é uma matéria nova que deverá ser enfrentada pelo tribunal. É um assunto relevante", disse. Ele afirmou, ainda, que sua atuação é transparente e não há relação com a atuação do pai. "Me causa estranheza levantar uma hipótese dessa. Tenho procuração nos autos, trabalhando de forma correta. Peticionamos em nosso nome, não há qualquer tipo de dúvida em relação à lisura de nossa atuação". Ministro Napoleão A assessoria do ministro Napoleão disse que a 1a Seção do STJ deverá levar o caso a julgamento no dia 13 de setembro. De acordo com a chefe de gabinete do ministro, Mariana Costa, cabia discussão sobre os prazos e, por isso, o ministro decidiu suspender o recurso até a decisão da Seção. De acordo com a assessoria do ministro, Napoleão aplica esse entendimento em casos similares e não há relação entre a decisão e o advogado. Com informações de Filipe Coutinho, repórter do BuzzFeed News - Brasil

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