Trinta e cinco agentes da Segurança Pública do Estado foram indiciados nesta segunda-feira (21) por tentativa de homicídio contra o senador Cid Gomes (PDT), que aconteceu durante motim realizado por centenas de policiais militares no Ceará. O fato aconteceu no dia 19 de fevereiro de 2020, em Sobral. Os nomes dos envolvidos na ação foram descobertos após a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) e da quebra do sigilo telefônico, que foi autorizado pela Justiça.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) por meio da Promotoria de Justiça Militar e Controle Externo da Atividade Policial Militar apresentou, na última quinta-feira (17), uma denúncia contra os 33 PMs e mais os tenentes-coroneis Jean Acácio Pinho e Romero dos Santos Colares por crimes militares, como revolta e omissão de eficiência de força. Como pena, o promotor de Justiça, Sebastião Brasilino de Freitas Filho, pediu a condenação com perda das patentes e das graduações para que, assim, os policiais sejam retirados da corporação.

Além disso, o promotor pediu que a cópias dos autos fosse encaminhada para membros do Ministério Público junto ao Tribunal do Júri na Comarca de Sobral para conhecimento e análise do Inquérito Policial Militar e para a adoção das providências cabíveis.

Penas

O promotor Sebastião Brasilino pediu, na denúncia, que os oficiais Romero dos Santos e Jean Acácio sejam realocados para funções administrativas e que fiquem proibidos de exercer função de direção, chefia ou comando.

Com relação aos demais PMs, ficou solicitada a proibição dos mesmos de frequentarem qualquer quartel da Polícia Militar do Ceará ou Corpo de Bombeiros Militar e, em caso de descumprimento, poderão ser presos preventivamente.

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