Jair Bolsonaro ameaça colocar o Exército nas ruas contra o lockdown

A declaração aconteceu durante entrevista concedida à TV A Crítica, no Amazonas

Jair Bolsonaro

24/04/21 11:25

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçou colocar o Exército nas ruas para subverter as medidas de isolamento social rígido decretadas por governadores e prefeitos que visam combater a disseminação do coronavírus no país. A declaração aconteceu durante entrevista concedida à TV A Crítica, no Amazonas.

“O que eu me preparo, não vou entrar em detalhes… O caos no Brasil. Já falei que essa política do lockdown, do toque de recolher, essa política de ‘fique em casa’… Isso é um absurdo. Se tivermos problemas, nós temos um plano de entrar em campo. Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. O nosso Exército, as nossas Forças Armadas, se precisar, nós iremos para as ruas. Mas não para manter o povo dentro de casa, e sim para restabelecer todo o artigo 5º da Constituição. Se eu decretar isso, vai ser cumprido este decreto. Então, as nossas Forças Armadas podem ir para a rua um dia, sim, dentro das quatro linhas da Constituição para fazer cumprir o artigo 5º, direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores e alguns poucos prefeitos”, afirmou.

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por, segundo ele, delegar “um poder excessivo” a governadores e prefeitos. Para ele, qualquer decreto dos gestores estaduais e municipais “leva um transtorno à sociedade”.

“Agora o que acontece? Eu não posso extrapolar, e isso alguns querem que a gente extrapole. Eu estou junto com meus 23 ministros, você pega da Damares ao Braga Netto, todos, 23, praticamente conversados sobre isso aí, o que fazer se um caos generalizado se instalar no Brasil pela fome, pela maneira covarde como alguns querem impor essas medidas”, disse.

Covid-19 no Brasil

mais de um mês o Brasil sofre com uma média de 2.000 mortes por coronavírus, diariamente. O número é registrado desde o dia 17 de março.

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