Grande Fortaleza registrou a maioria dos 120 assassinatos de mulheres no Ceará no ano
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Grande Fortaleza registrou a maioria dos 120 assassinatos de mulheres no Ceará no ano

Mada menos, que 70 mulheres foram mortas na Capital e Região Metropolitana

A "guerra" de facções na periferia gera a morte de muitas jovens na Capital

26/07/2019 12:47

Entre os dias 1º de janeiro e 25 de julho deste ano, nada menos, que 120 mulheres foram assassinadas no Ceará. Destas, 70 acabaram mortas na Grande Fortaleza, o que representa 58,3 por cento do total de crimes do gênero no estado. Outras 50 foram vítimas de homicídios, latrocínios e feminicídios no interior, totalizando 41.7 por cento. Somente na Capital, 31 mulheres foram executadas. Em segundo lugar na estatística aparece o Município de Caucaia, com 13 casos.

Com seus 18 Municípios, incluindo a Capital, a Grande Fortaleza soma a maioria das mortes violentas de mulheres. Em geral, os crimes têm relação com o tráfico de drogas e a “guerra” entre facções e grupos criminosos. Já no Interior, o que predomina são os casos passionais, isto é, os feminicídios, mulheres mortas por ciúme e intolerância de seus ex-parceiros.

No começo desta semana, ao menos dois casos do gênero ocorreram no interior cearense. Um deles na cidade de Acaraú, no Litoral Norte do estado (a 233Km de Fortaleza), onde a professora Maria Ticiane Ferreira do Nascimento, 26 anos, foi morta pelo ex-marido, sendo enterrada e carbonizada pelo assassino, que já está preso.

O segundo feminicídio aconteceu  na Região Sul do estado, no Município de Santana do Cariri (a 550Km de Fortaleza), onde a dona de casa, Aldenir Alencar, 46 anos, foi assassinada a golpes de faca e espancamento também pelo ex-marido, que fugiu mas já foi capturado.

Feminicídios

Os casos de passionais não são raros no interior cearense. Os exemplos são muitos e cruéis. Como o ocorrido no dia 8 de junho no bairro da Estação, na cidade de Itapipoca (a 125Km de Fortaleza), quando um homem em fúria e armado com uma faca, invadiu a casa da ex-esposa  por não se conformar com a separação do casal. Matou a ex, a dona de casa Maria Erisvalda Frota, de 31 anos; e a filha do casal, a pequena Maria Cecylia, que tinha apenas um ano e 8 meses de vida. 

Outros assassinatos de mulheres permanecem misteriosos no Ceará, como o caso recente de uma mulher e seu companheiro que foram encontrados mortos, na tarde da última quarta-feira (24), em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza.  Talyta Castelo Branco e o marido foram assassinados com tiros no rosto, num autêntico caso de execução sumária. Os corpos foram deixados um ao lado do outro em uma estrada de terra na comunidade Munguba, no Município de Pacatuba.

Mas o tráfico de drogas e a disputa de facções pelo domínio de território também é um recorrente  motivo de tantos assassinatos de mulheres no estado e, especialmente, em Fortaleza e sua zona metropolitana. Na capital, os crimes gerados pelas escaramuças das facções  Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE) têm deixado um permanente rastro de sangue, com dezenas de jovens assassinadas.

Um desses crimes também foi recente. Há uma semana, bandidos mataram a tiros de pistola a jovem Charliene Silva dos Santos, 26 anos, na Rua Nova Iguaçu, no bairro Serviluz, zona Leste da cidade.  Após a prisão do marido, um traficante de drogas do bairro, ela assumiu o controle da venda dos entorpecentes e acabou na mira da facção posto. Terminou morta.

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