A Polícia Militar do Ceará (PMCE), foi acionada no final da tarde desse sábado (16), para atender à uma ocorrência de escolta de mudança. Um comerciante do bairro Luzardo Viana, em Maracanaú, foi obrigado a deixar o prédio onde instalou uma padaria, quatro anos antes.
A exigência do crime organizado foi além do que ele poderia pagar, R$:15 mil. Em meio às constantes ameaças, não restou outra alternativa, a não ser, desinstalar tudo e, ir embora, deixando os moradores da área sem um comércio de pães perto de casa.

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O destino da panificadora é desconhecido. Os proprietários, revoltados com a situação, preferiram, por questão de segurança, não revelar.
Esse tipo de atividade "escolta de mudança", é recente no escopo operacional da Corporação; nasceu com as ações do crime organizado. Moradores, comerciantes e até, militares já foram obrigados a deixar suas casas e ir morar em outra região da cidade, por ordem imposta pelo crime organizado.

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Na contramão do crime, o Governo do Ceará vem investido na segurança pública, com a contratação de novos agentes, investimentos em armas e equipamentos. Na quinta-feira (14), a Secretaria de Segurança Pública entregou 3.670 coletes balísticos para reforçar o trabalho da Polícia Militar. A ação recebeu um investimento de mais de R$ 6 milhões.

Apesar do avanço e da redução nos índices de criminalidade, embora que discretos, o crime organizado continua interferindo diretamente na vida dos cidadãos, em regiões dominadas pelas facções, em Fortaleza e na região metropolitana. Quem se arrisca a desobedecer as leis impostas pelo poder paralelo, corre o risco de pagar com a própria vida, como o caso do comerciante Pedro Feijó de Albuquerque, de 62 anos, morto a tiros em outubro passado, no Bairro Pirambu, em Fortaleza. Pedro Serrano foi assassinado por não fechar o comércio, ordenado pela facção. Sem poder pagar os R$: 15 mil, impostos pelo chefe do tráfico no bairro Luzardo Viana, o comerciante, que teve a identidade preservada nesta reportagem, recomeça do zero a vida a partir desta semana, em outra região do município de Maracanaú, na esperança de não mais ser ameaçado pelo crime organizado.