Economistas cearenses ouvidos pela 50ª edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE) estão otimistas quanto à evolução do PIB (138 pontos), nível de emprego (129 pontos) e oferta de crédito (103 pontos).

O número de variáveis percebidas com pessimismo totalizou seis: cenário internacional (76 pontos); taxa de inflação (63 pontos); taxa de câmbio (54 pontos); taxa de juros (43 pontos); salários reais (40 pontos) e gastos públicos (32 pontos), que apresentou a menor pontuação.

“Nossa pesquisa é de expectativa sobre o que pode acontecer. Ressalte-se que nesta quinta-feira o IBGE divulgou que o PIB cresce 1,2% no segundo semestre, o que se alinha com a expectativa da pesquisa, assim como ocorreu com a PNAD Contínua, divulgada ontem, que apontou que o desemprego permanece em queda, tendo recuado a 9,1%, também previsto na pesquisa”, destaca o economista e professor Ricardo Eleuterio, conselheiro Regional de Economia do Ceará.

Os dados são da pesquisa que tem à frente o Corecon e a Fecomércio-Ce e é lançada a cada dois meses. Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices. A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Acima de 100 pontos representa otimismo e abaixo, pessimismo.

Considerando a soma das variáveis, o índice de percepção geral passou de 69,1 pontos para 75,3 pontos, uma redução de 9,0% no pessimismo em relação à pesquisa anterior. Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa revela um aumento no pessimismo de 2,0%, com a pontuação passando de 87,1 pontos para 85,3 pontos. A percepção sobre o desempenho presente apresentou redução de 15,6% no pessimismo, atingindo 65,3 pontos.

As expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.