Dois generais cearenses são alvos de operação da Polícia Federal

PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva

Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira e Paulo Sérgio Nogueira. (Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil e Alberto César Araújo/Aleam)

08/02/24 14:59

Os generais do Exército, Estevam Theophilo e Paulo Sérgio Nogueira, ambos cearenses, foram alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (8), que apura uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, na tentativa de anular o resultado das eleições de 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado pelo atual chefe do Poder Executivo, Lula (PT).

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Estevam Cals Theóphilo nasceu em Fortaleza e comandou a 10ª Região Militar. De acordo com a PF, Estevam Theophilo seria responsável por convocar as Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “Kids Pretos”, para prender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa caso a medida de intervenção se concretizasse, os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército (os chamados Kids Pretos) a missão de efetuar a prisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes assim que o decreto presidencial fosse assinado. No dia 02.01.2023, já efetuada a transição de governo, Mauro Cid encaminha ao general Theophilo notícia jornalística com a informação de que poderia ser preso nas primeiras semanas do ano, recebendo como resposta do General: ‘Fique tranquilo Cid. Vou conversar com o Arruda hoje. Nada lhe acontecerá“, relata o ministro Alexandre de Moraes na decisão que autorizou a operação da PF.

Estevam Theóphilo é irmão do também general, Guilherme Theóphilo, que foi candidato ao Governo do Ceará pelo PSDB, em 2018.

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Nascido em Iguatu, Paulo Sérgio Nogueira foi o último ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, entre 1º de abril de 2022 e 31 de dezembro de 2022. Ele assumiu o cargo após o general Walter Braga Netto – também alvo da operação da PF – deixar o cargo para ser candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.

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