Deputados articulam modelo de voto para eleições chamado “distritão proporcional”

17/08/17 10:44

Deputados articulam a aprovação de modelo híbrido para as eleições de 2018 e 2020. Já haveria acordo para aprovação do chamado “distritão proporcional”, que seria o meio-termo entre dois modelos distintos, o distritão e o proporcional.

Por esse sistema mesclado, o eleitor poderá votar em candidatos ou partidos. Os votos dos partidos serão divididos entre os candidatos proporcionalmente à votação obtida por eles. Serão eleitos os candidatos que tiverem mais votos na soma final (votos próprios + votos obtidos na divisão).

A mistura seria a forma de garantir modelo majoritário para os próximos pleitos. Partidos favoráveis ao distritão temem não ter os 308 votos necessários para aprovar o modelo, principalmente pelo baixo apoio em partidos da oposição. Legendas como o PT reclamam que o sistema enfraquece os partidos políticos e favorece o aparecimento de candidatos “celebridades”.

Pelo distritão, cada Estado ou município é considerado um distrito. São eleitos os mais votados, independentemente do desempenho dos partidos ou coligações.

O distritão proporcional serviria, então, como uma solução para resolver esse impasse. O argumento é que valoriza o voto a partidos e a candidatos.

A diferença para o sistema atual, o proporcional, é que os votos ficariam concentrados dentro do partido. Pelas regras de hoje, os votos são dados à coligação. Assim, alguns partidos acabam se beneficiando por votações mais expressivas de outros partidos de mesma coligação.

Como a Câmara pretende extinguir as coligações partidárias por meio de uma PEC, o modelo atual já não seria mais possível.

A matéria é de Naomi Matsui do Poder 360

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