Cooperativa que contratou falso médico tinha outros profissionais sem registro no CRM
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Cooperativa que contratou falso médico tinha outros profissionais sem registro no CRM

Entidade é aresponsável por uma licitação de R$ 14 milhões

28/03/2023 9:08

A coorperativa responsável pelo contratação do falso médico, Thiago Celso Andrade Reges, 36, também teria contratado profissionais sem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) para plantões no Hospital e Maternidade João Ferreira, em Itapajé, no interior do estado.

A Pró-saúde é entidade responsável por contratar profssionais dos níveis técnico e superior no hospital de Itapajé e em pelo menos outras 7 cidades do interior.

No município onde o falso médico trabalhou foi identificada uma licitação prevista em mais de R$ 14 milhões, com vigência entre 6 de abril a 31 de dezembro de 2021. Dentre os compromissos, estão prestação de serviços médicos na área da saúde municipal, com o objetivo de complementar o atendimento nas unidades básicas de saúde vinculados à Secretaria de Saúde do município.

Não comprovantes de recebimento do valor integral pro parte da cooperativa. Em relação aos dados da prestação de serviço da cooperativa em 2022, não foram localizados.

Por meio de nota, a cooperativa afirmou que o falso médico não prestou serviços por parte do intermédio dessa Cooperativa.

"…de igual forma não tomamos conhecimento nem participamos de informações ao Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde, não sabemos também informar sobre valores recebidos nesse Município por parte do suposto profissional".

Sobre seus processos de contratação, a Pró Saúde informou que para efetuar a matrícula do servidor são solicitados diversos documentos e realizadas consultas por meio do portal dos conselhos profissionais

Na aba de informações no site de prefeitura de Itapajé, consta que Thiago foi servidor temporário da unidade, de setembro a outubro de 2020. Durante o período consta na folha de pagamentos do município que o médico recebeu entre R$ 22.500 a R$ 42.500.

De acordo com a Prefeitura de Itapajé, o falso médico Thiago Celso teve contrato encerrado em janeiro de 2021. Já segundo a Pró-saúde, após identificar que o homem se tratava de uma fraude, expulsou o colaborador do quadro de funcionários e comunicou o fato ao Conselho Regional de Medicina e À Polícia.

"Reforçamos ainda que não somos coniventes com qualquer tipo de irregularidade e mesmo o registro tendo sido expedido de fato pelo CRM e ocorrido exercício por um breve período, todos esses plantões foram averiguados e restou que não ocorreu nada de grave ou intercorrência que resultasse danos", diz.

A Cooperativa também afirmou que os valores recebidos pelo falso profissional foram devolvidos aos cofrs públicos.

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