O rompimento de Cid com seu irmão Ciro Gomes tem reflexos devastadores em sua carreira. Ciro acusa Cid de traição, e de preferir manter sua aliança com o ministro Camilo, em detrimento da falta de lealdade familiar e gratidão, apesar de ter toda a sua história política toda alicerçada na sua proteção e apoio. Ciro está muito magoado com Cid e indignado com Camilo. Essa mágoa de Ciro é impressionante.
Tanto, que após Cid Gomes ter ingressado na Justiça comum cearense, para retomar o controle do Diretório do PDT-Ceará, rejeitando a intervenção aprovada pelo Diretório Nacional, Ciro lavou as mãos, e o presidente nacional André Figueiredo anunciou a abertura de um processo de expulsão de Cid Gomes dos quadros partidários.
Até, então, essa possibilidade era desconsiderada. André Figueiredo também bateu duro em Cid Gomes. E o mais grave: estes ataques repercutiram intensamente em Brasília. Cid Gomes sabe que só conta com o apoio de Camilo Santana. Está vetada sua filiação ao PT. Nem José Guimarães, e tem a seu favor o veto do presidente Lula, que não esqueceu a famosa frase: “Lula está preso, babaca”.
Lula também anotou e não gostou de Cid Gomes não ter aprovado o nome do ministro Cristiano Zanin para o STF. Além de ter se recusado a votar a favor da reforma tributária na semana passada. Sem o PT, que só aceita o ingresso de 03 deputados estaduais- Evandro Leitão, Salmito Filho e Romeu Aldigueri, e um federal, Idilvan Alencar, Cid Gomes que perdeu o PSB, que está fechando uma federação com o PDT, só tem uma saída partidária: Podemos. Mas, lá, também tem problemas.