Chefão do PCC é assassinado após denunciar mandante da morte de comparsas no Ceará
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Chefão do PCC é assassinado após denunciar mandante da morte de comparsas no Ceará

O bandido conhecido por "Cabelo Duro" acabou assassinado na portaria de um hotel de luxo em São Paulo. A ele era atribuída a informação de que os traficantes "Gegê do Mangue" e "Paca" estavam no Ceará gastando o dinheiro da facção

O assassinato aconteceu na tarde de ontem, no bairro Jardins, na zona nobre da Capital paulista

23/02/2018 10:30

Mais um bandido apontado como integrante da cúpula da facção criminosa primeiro Comando da Capital  (PPC) é assassinado no País. Desta vez, o crime ocorreu em São Paulo, onde na tarde desta quinta-feira (22), Wagner Ferreira da Silva, 32 anos, o “Cabelo Duro”, foi executado na porta de um hotel de luxo no bairro Jardins. O crime ocorreu horas após a descoberta de um bilhete num presídio paulista em que “Cabelo Duro” denunciava o   mandante das morte dos bandidos “Gegê do Mangue” e “Paca”, no Ceará. “Cabelo Duro” era apontado pela Polícia paulista e pelo Ministério Público de São Paulo como o chefe do PCC  na Baixada Santista, responsável pelo gerenciamento da venda de drogas para a facção comandada por Marcos William Herbas Camacho, o “Marcola”. O bilhete encontrado no Presídio de Venceslau Brás, na manhã de quinta-feira, fazia uma revelação, segundo a qual “Cabelo Duro” havia espalhado a informação de que o assassinato dos dois traficantes em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na última quinta-feira (15), teria ocorrido porque os dois estariam roubando o dinheiro da facção. No bilhete, havia também a informação de que “Cabelo Duro” apontava como mandante das mortes no Ceará um bandido da mesma quadrilha, conhecido por “Fuminho”, que na verdade, se trata de Gilberto Aparecido dos Santos. Ele é braço-direito de “Marcola”. Mortes e fuga A matança entre os membros da mesma organização criminosa teria levando outro integrante do PCC a fugir desesperadamente de Fortaleza no último fim de semana, deixando para trás a família, carros importados e abandonado o apartamento de luxo no bairro Cocó, na zona nobre da Capital cearense. O bandido foi identificado como o mineiro Claudiney Rodrigues de Souza, o “Cláudio Boy”, que em Fortaleza se passava por empresário do ramo de produtos importados. Mas, a fuga do criminoso (procurado pela PF e pela Interpol) terminou quando ele sequer desembarcou do avião no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Foi detido ainda no interior da aeronave. A prisão de “Cláudio Boy” e a revelação de sua ligação direta com o PCC pegaram de surpresa dezenas de pessoas com as quais ele mantinha amizade em Fortaleza. Frequentava restaurantes de luxo, participava de festas reunindo pessoas da alta sociedade local e também organizava eventos.

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