Chacina deixa população de Paraipaba temerosa por novos ataques de facções

Paraipaba, cidade a pouco mais de 100Km de Fortaleza, vive uma onda de violência armada

21/07/17 11:41

Um dia após a chacina que deixou quatro mortos e um ferido, a cidade de Paraipaba, no litoral Oeste do Ceará (a 115Km de Fortaleza), amanheceu sob forte tensão. Um reforço policial foi visto ali ainda na tarde desta quinta-feira (20), mas na manhã desta sexta não foram vistas nem viaturas ou policiais circulando em moto ou mesmo a pé pelas ruas. O medo de uma retaliação entre as facções criminosas que disputam o domínio do tráfico na cidade deixa a população amedrontada.

Nos comentários entre os moradores, há rumores de que a chacina ocorrida nos primeiros minutos de ontem foi praticada pela facção GDE (Guardiões do Estado), que tenta expulsar de Paraipaba as quadrilhas rivais ligadas ao Comando Vermelho (CV) e ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em meio ao clima de insegurança e pavor na população, foi enterrada no cemitério público daquela cidade, na tarde da quinta-feira, uma das quatro vítimas da chacina, o adolescente Clayver Braga de Almeida, 16 anos. Ele era filho de prórpero e conhecido comerciante de Paraipaba e foi atingido por vários tiros na cabeça.

Na manhã de hoje, as outras três vítimas deverá ser também sepultadas em Paraipaba.  Eram os jovens Rodrigo Araújo dos Santos, Felipe de Sousa Oliveira e Rangel Pereira Batista. Todos foram baleados na cabeça, o que comprova a execução sumária.

Os corpos foram  liberados ainda no começo da tarde de ontem após passarem por exames na sede da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), em Fortaleza).  No local do crime, os peritos recolheram cápsulas de balas de calibres Ponto 40 (.40) e 380.

Até o momento, a Polícia não tem pistas concretas sobre quem são os autores do assassinato dos quatro jovens. A PM permanece em diligências na região.

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