O Estado do Ceará é considerado peça-chave para que o Brasil reduza a dependência da importação de fertilizantes em um futuro próximo. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), o estado foi voz forte no Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) para reverter os quase 25 anos de subsídios aos produtos importados: enquanto os produtos nacionais chegavam a pagar 8,4% de ICMS, os importados desfrutavam da isenção do tributo. Atualmente, os insumos nacionais já caminham para terem os mesmos tributos de circulação que os importados: 4% até 2025. Portanto, o Estado do Ceará foi fundamental na defesa de uma concorrência mais justa entre adubos nacionais e importados, seguindo as metas do Plano Nacional de Fertilizantes.

Além disso, o estado tem importantes projetos de mineração e hidrogênio verde que têm potencial de colocar o estado na rota de produtor nacional, suprindo 25% da demanda das regiões Nordeste e Norte. Atualmente, a produção agrícola do Brasil fica à mercê das oscilações geopolíticas, como a guerra na Ucrânia, uma vez que 90% dos fertilizantes usados aqui são importados de países como Rússia e China.