Caminhoneiro que atropelou e matou estudante vai responder por homicídio doloso

A carreta usada como arma pelo motorista foi apreendida pela Polícia

10/10/17 8:14

Permanece preso na Delegacia metropolitana de Maracanaú (DMM),  na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o caminhoneiro paulista Fernando Aparecido Delfino, 39 anos, natural de Bebedouro (SP).  Ele foi preso em flagrante e indiciado em inquérito por crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar) após provocar um acidente de trânsito no fim de semana. Ele teria atropelado propositadamente com o “cavalinho” de sua carreta um casal em uma motocicleta. A garupeira, uma jovem de 20 anos, acabou morrendo.

O crime aconteceu na Rua Estevão Alves, no Distrito de Pajuçara, em Maracanaú. Segundo as primeiras informações colhidas pela Polícia, após uma rápida discussão no trânsito, o caminhoneiro decidiu perseguir o casal que estava em uma motocicleta, com o qual havia se desentendido. A briga de trânsito resultou numa perseguição do caminhoneiro ao casal.

Ao encontrar a moto e seus ocupantes na Rua Estevão Alves, o caminhoneiro teria provocado  de forma propositada a colisão. A estudante e modelo Andreza da Silva Barros, que acompanhava o namorado Josa Jônathas Paixão (piloto da moto) morreu na hora. Ela teve ferimentos gravíssimos e faleceu antes da chegada de socorristas do Samu.  O corpo foi encaminhado à Perícia Forense (Pefoce).

Fuga e prisão

Após o acidente, o caminhoneiro abandonou a carreta e fugiu, mas foi detido pela Polícia Militar e encaminhado ao plantão da Delegacia Metropolitana de Maracanaú. Ele foi encaminhado à Pefoce para exame etílico. A Polícia não revelou o resultado, mas no Boletim de ocorrências da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), na internet, o caso foi qualificado como homicídio.

Em entrevista a uma emissora de TV local, Josa Jônathas negou ter se envolvido em uma briga de trânsito com o caminhoneiro. Ele sofreu ferimentos leves.

O corpo da estudante Andreza foi examinado pelos legistas da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) e liberado para sepultamento na manhã desta segunda-feira (9).

Já o caminhoneiro, se condenado pelo crime de homicídio doloso, pode receber uma pena de até 30 anos de prisão.

LINKS PATROCINADOS