Carro usado na fuga dos pistoleiros que mataram prefeito é apreendido

A caminhoneta estava na porta da casa do ex-prefeito e inimigo político da vítima

A S-10 cinza, com placas de Maracanaú, estava na porta da casa de Vicente Tomé, ex-prefeito e inimigo político do gestor assassinado FOTO: Normando Sóracles

09/01/20 10:15

Uma caminhoneta modelo S-10, cor cinza, usada no apoio à fuga dos pistoleiros que mataram o prefeito de Granjeiro (a 478Km de Fortaleza), João Gregório Neto, 54 anos, foi apreendida na manhã desta quinta-feira (9)  naquela cidade. O veículo estava estacionado na porta da casa do ex-prefeito e inimigo político da vítima, Vicente Tomé. Com esta pista, Vicente Tomé passa a ser considerado um dos principais suspeitos de ter “encomendado”  o crime.

A casa de Vicente Tomé amanheceu hoje cercada por policiais civis. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão. Tomé é pai do então vice-prefeito de Granjeiro, Ticiano Félix da Fonseca, o “Ticiano Tomé”, que assumiu o cargo com a morte de João Gregório Neto, o “João do Povo”.  A aliança política entre a vítima e os  “Tomé” se desfez e as partes passaram a trocar acusações e ameaças. O resultado disso foi o assassinato do prefeito.

De acordo com a Polícia,  o veículo apreendido, de placas ORU-7296 , inscrição de Maracanaú, foi filmado na manhã do dia 24 de dezembro último saindo do local onde o prefeito tinha acabado de ser assassinado. “João do Povo” fazia sua atividade física diária (caminhada), quando foi morto  pelos pistoleiros. Outro carro, um Peugeot, também foi visto deixando o local dando apoio aos atiradores que estariam em uma motocicleta.

Premeditado

O assassinato está sendo investigado por policiais das delegacias de Juazeiro do Norte e Crato. A suspeita de participação do ex-prefeito Vicente Tomé no crime ganhou reforço, portanto, nesta manhã com a localização do carro na porta da casa dele.  O ex-prefeito  nega envolvimento no crime. O filho dele, Ticiano Tomé, tomou posse no cargo apenas quatro dias depois do assassinato.

Áudios postados nas redes sociais indicam pistas de que o crime já  estava premeditado e planejado semanas antes de ser concretizado.  A Polícia Civil tenta reunir o maior número de provas para indiciar os mandantes e executores do crime e confirmar a motivação.

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