Diarista e suas comparsas confessam o assassinato da servidora aposentada da AL
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Diarista e suas comparsas confessam o assassinato da servidora aposentada da AL

As assassinas tramavam roubar R$ 60 mil das contas da vítima, mas não havia dinheiro

Francisca, Adriana e Jéssica estão presas no DHPP onde confessaram toda a trama criminosa. Com elas, a Polícia recuperou vários objetos da vítima

30/11/2019 9:57

A Polícia Civil considera esclarecido o assassinato da servidora recém-aposentada da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE), Liduína Maria Júnior Rios, 60, cujo corpo foi encontrado na noite da última quarta-feira  (27), em sua residência, no bairro Coaçu, no Município metropolitano do Eusébio, amarrado, amordaçado e com duas facas cravadas no peito e no pescoço. Uma diarista confessou o crime e apontou as comparsas, outras duas mulheres. As três estão presas do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Maria Pereira do Nascimento, que havia sido contratada recentemente como diarista pela aposentada, confessou no DHPP que começou a planejar o crime  quando encontrou na casa da patroa um extrato bancário em nome de  Liduína no valor de R$ 60 mil. Isso a despertou para  planejar o roubo e tratou de convidar as comparsas: Adriana Lúcia Blanc, 29 anos (companheira da diarista), Jéssica Caroline e uma quarta mulher cujo nome não foi ainda revelado pelas autoridades policiais.

O plano foi tramado para que a servidora e o filho advogado fossem dopados. Na quarta-feira pela manhã, a diarista tentou dopar os dois, colocando soníferos, antidepressivos e outros remédios na comida, mas estes não fizeram o efeito que Maria desejava.  O filho de Liduína saiu para trabalhar e a aposentada ficou em casa.  A diarista chamou as comparsas.

Dinheiro e morte

A delegada Gerda Monteiro, do DHPP, disse que a vítima não dormiu com os primeiros medicamentos na comida. Mais tarde, a diarista teria tentando fazer Liduína tomar os remédios à força. “Primeiro ela tentou colocar o comprimido  num suco e a vítima não quis tomar. Depois, então, na comida. E, por último, elas fizeram a vítima ingerir o medicamento à força”, reforça Gerda.

 “A Jéssica Caroline nos contou que, depois que elas viram que não tinha os R$ 60 mil na conta,  começaram a ficar nervosas.  Descobriram que havia era apenas R$ 1 mil. Então decidiram matá-la”, completa o  delegado Renato Almeida, também  do DHPP.

Xampu

A diarista, a companheira dela e uma terceira suspeita foram presas entre a noite da quinta-feira (28) e a madrugada desta sexta-feira (29), na Comunidade da Babilônia, no Bairro Barroso. A quarta suspeita foi presa no Conjunto Jereissati III, em Maracanaú.

A Polícia afirmou que elas pretendiam fugir para o estado do Rio Grande do Sul.   Com elas, os inspetores do DHPP  encontraram malas pertencentes à vítima e, dentro delas, relógios, pulseiras, roupas, anéis, laptop, dinheiro e até xampu.  O crime foi caracterizado como latrocínio.

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