Morte de ex-PM pode ter gerado vingança e prisão de policiais após outro assassinato
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Morte de ex-PM pode ter gerado vingança e prisão de policiais após outro assassinato

O grupo de quatro policiais militares e um civil foi preso após matar um jovem em Jijoca de Jericoacoara, na tarde de terça-feira. Autoridades suspeitam que a quadrilha teria praticado o crime em vingança pela morte de um ex-PM naquela cidade

O ex-PM de São Paulo, Silver Max Lopes, foi assassinado há duas semanas em Jijoca de Jericoacoara

21/03/2018 9:40

Em menos de três meses, sete pessoas foram mortas em Jijoca de Jericoacoara, Município do Litoral Oeste do Ceará (distante 287Km de Fortaleza)  e onde está localizado um dos cartões-postais mais famosos do estado no Brasil e no exterior: a Praia de Jericoacoara.  O tráfico de drogas ali é intenso e a recente morte de um ex-PM de São Paulo pode ser a “chave” que a Polícia terá daqui em diante para investigar o grupo de policiais presos nesta terça-feira após matar um jovem naquela cidade. Três policiais militares, um ex-PM e um inspetor da Polícia Civil foram presos em flagrante logo após terem executado, a tiros de pistola, um jovem filho de um comerciante, dono de uma padaria, em Jijoca de Jericoacoara. Os cinco homens fugiram da cidade logo após o fato, mas acabaram sendo interceptados e presos pela Polícia Militar na entrada de Acaraú,  Município vizinho. O que teria motivado a ação dos policiais? Esta é a indagação feita pelas autoridades. Contudo, a suspeita mais forte é de que eles teriam saído de Fortaleza e ido àquela cidade com o objetivo de vingar a morte do ex-PM de São Paulo, Silver Max Cavalcante Lopes. O ex-militar, natural do Maranhão, havia deixado a farda e veio morar no Ceará, escolhendo a cidade de Jijoca de Jericoacoara como seu novo lar.  Se estabeleceu como comerciante e instalou uma fábrica de gelo para abastecer os hotéis, pousada, bares, restaurantes e barracas de praia do Município. Contudo, no último dia 8, Silver foi executado a tiros na porta de sua fábrica de gelo, em Jijoca. Ele teria sido eliminado por ordem de traficantes já que não aceitava a presença destes em seu comércio. Outra linha de investigação – ainda em andamento – fala de um provável caso passional. Ele teria iniciado um caso amoroso com a ex-mulher de um traficante local e acabou morto. Policiais presos Após a morte do ex-PM, ao menos, três pessoas foram assassinadas em Jijoca de Jericoacoara. O primeiro crime ocorreu no dia 16, uma semana depois da morte do ex-PM. O corpo de um homem foi encontrado com marcas de violência. Era João Batista de Freitas, 44. No último domingo (18), o vendedor Antônio Álvaro de Albuquerque, 22 anos, foi assassinado com vários tiros de pistola quando se encontrava numa barraca de praia em Jeri. E na tarde desta terça-feira (20), um jovem identificado apenas por Renan foi executado a tiros pelo grupo de policiais, que foram presos em flagrante. Os cinco policiais detidos em Acaraú, logo após cometerem o crime em Jijoca são os seguintes: Marcondes Nangle Gomes Quirino, inspetor da Polícia Civil lotado na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), órgão responsável pela apuração de assassinatos. O segundo é Leandro César de Mesquita (cabo PM Mesquita), do Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas/BPRaio). O terceiro é Francisco Tiago Gomes da Silva, o cabo Thiago, destacado no 15º BPM (Eusébio). O quarto preso é Manoeldo Pereira de Sousa, o Cabo PM Pereira, que está afastado das funções. E o quinto é José Luciano Souza de Queiroz, ex-policial militar.

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