O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou, nesta quinta-feira (15), o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi tomada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que também nomeou o vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, como interventor.

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A medida ocorre em meio a uma disputa judicial envolvendo a validade de um acordo firmado em 2022, que encerrou uma ação contra o processo eleitoral da entidade e manteve Ednaldo no cargo. A legitimidade da assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, nesse acordo, é questionada. Segundo a deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney, que recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF), o documento teria sido forjado. Segundo informações do GE, um laudo pericial chegou a ser apresentado e apontaria que a assinatura não seria autêntica.

Embora o ministro Gilmar Mendes tenha rejeitado o afastamento imediato de Ednaldo na semana passada, ele determinou o envio do caso ao TJ-RJ para apuração. O desembargador Gabriel Zéfiro chegou a convocar o Coronel Nunes para prestar esclarecimentos, mas a audiência foi cancelada após o advogado do ex-dirigente alegar que seu cliente não compareceria por motivos de saúde.

Com o afastamento, Fernando Sarney, que tem mandato como vice até março de 2026, deverá convocar novas eleições para a presidência da CBF. Apesar de integrar a atual diretoria, Sarney não apoiou a reeleição de Ednaldo por aclamação em março e tem se posicionado como integrante da ala opositora dentro da entidade.

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Esta é a segunda vez que Ednaldo Rodrigues é destituído do cargo pelo TJ-RJ. Em dezembro de 2023, ele já havia sido afastado, mas retornou à presidência um mês depois, por decisão do ministro Gilmar Mendes.

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