Novo presidente da Câmara quer transparência no repasse de emendas - Cn7 - Sem medo da notícia

Novo presidente da Câmara quer transparência no repasse de emendas

Hugo Motta quer levar proposta para o ministro do STF Flávio Dino

Hugo Motta

07/02/2025 9:54

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, concedeu entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira (7), em que fala que vai levar uma proposta para o Supremo Tribunal Federal (STF) para resolver o bloqueio das emendas.

"Temos uma lei aprovada pelo Congresso, sancionada pelo Executivo e que foi dialogada com o Poder Judiciário. Penso que a solução seria trazer transparência para o que foi empenhado em 2024 em cima dessa nova lei, que valeria a partir de 2025. Tenho conversado com ministros do Supremo e sentido interesse em vencer essa pauta. Para o Executivo também é importante. A governabilidade está diretamente ligada ao Orçamento. É o que os deputados precisam para justificarem apoio a pautas difíceis de serem aprovadas. Essa tensão não interessa a ninguém", disse.

Questionado sobre favorecer o município de Patos (PB) com R$ 10 milhões em emendas, cidade em que o pai foi reeleito, Motta se justificou: "Se quer indicar recursos ao Orçamento, tem de se filiar a um partido, se candidatar e se eleger. É prerrogativa parlamentar. Consegui R$ 10 milhões para Patos porque foi a cidade que me deu as maiores votações, assim como levei recursos a outros municípios".

O novo presidente ainda falou sobre transparência na destinação de emendas parlamentares. "O Legislativo é o mais transparente de todos os Poderes. A questão das emendas tem sido desvirtuada. Sou do interior da Paraíba. Quanto mais recursos eu puder levar para lá, melhor para mim. Faço questão de divulgar. A transparência não pode ser relativa. Não podemos ter o Executivo com sigilo de 100 anos. Não vamos admitir que seja exigido apenas para nós, porque denota que estamos abaixo dos demais Poderes. Não estamos. O STF, grande bastião e defensor da democracia, não ficará contra o Judiciário ser mais transparente".

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