STJ mantém na cadeia sete vereadores de Itarema presos na “Operação Fantasma”
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STJ mantém na cadeia sete vereadores de Itarema presos na “Operação Fantasma”

A fraude ocorria dentro da Câmara de Vereadores, segundo apurou a investigação

25/10/2017 9:30

Por maioria de votos, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, rejeitou, ontem (24), o pedido de revogação da prisão preventiva de oito dos 12 vereadores que integram a Câmara Municipal de Itarema, no litoral Oeste do Estado (a 210Km de Fortaleza).  O grupo é acusado de formar uma organização criminosa para desviar dinheiro público. A prisão dos oito políticos de Itarema ocorreu numa ação do Ministério Público Estadual (MP-CE) e da Polícia Civil batizada de “Operação Fantasma”, ocorrida no mês passado. Contudo, as investigações vinham sendo realizadas sigilosamente há vários meses. Segundo as autoridades apuraram, os oito vereadores estariam embolsando dinheiro público através da contratação de servidores “fantasmas” na Câmara Municipal. Presos Por determinação da Justiça, que expediu mandados de prisão, de busca e apreensão e de condução coercitiva para a deflagração da “Operação Fantasma”,  foram presos preventivamente os seguintes vereadores: João Vildes da Silva (presidente da Câmara), João Gomes da Costa, Leandro Oliveira Couto, Magno César Gomes Vasconcelos, José Ubideci dos Santos Santana, José Everardo Marques Alves, Roberto Diniz da Costa e Daniela Sousa Matos. Todos estão sendo processados por diversos crimes, desde falsificação de documentos a estelionato e formação de organização criminosa e enriquecimento ilícito, além de desvio de dinheiro público e fraude.  Presos pela Polícia, os sete foram trazidos para Fortaleza e já encaminhados às unidades penais. No entanto, a defesa ingressou com o primeiro pedido de soltura junto ao Tribunal de Justiça do Ceará, que negou os habeas corpus. A defesa, então, recorreu ao STJ. Porém, ontem, o STJ decidiu manter presos os sete vereadores. Os seis homens vão continuar atrás das grades. Já a vereadora Daniela Sousa, a única mulher entre os acusados, teve direito à prisão domiciliar, pois sua defesa argumentou que ela é mãe de três crianças ainda pequenas.

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